top of page

Bianchini: 2 gols contra o Barcelona no Camp Nou


De pé: Bianchini e Roberto Pinto; Agachados: Paulo Borges, Parada e Cabralzinho (Bangu) - Revista do Esporte, nº 313, 1965

Um estudante de contabilidade e ajudante de padeiro, nascido na pequena cidade de Cordeiro (RJ), iria vestir o terno de importantes equipes do país. Mas isso só aconteceria quando Adhemar Bianchini de Carvalho (de pé, à esquerda da foto acima), depois de despontar na equipe amadora local.

Em 1960 teve poucas oportunidades no Bangu, mas no ano seguinte já estava entre os titulares, inclusive participando de uma excursão da equipe, durante mais de 100 dias. E foi nessa ocasião que Bianchini conseguiu o feito que muito o orgulhou: mesmo derrotado pelo Barcelona, ele fez 2 dos 3 gols da equipe alvirrubra.

No ano seguinte sua carreira parecia fracassar, sendo reserva na maioria dos jogos, mas atingiu a consagração em 1963, tornando-se artilheiro do Campeonato Carioca (18 gols), mesmo não sendo o cobrador oficial de pênaltis, tarefa atribuída a Parada, seu parceiro de ataque. Naquele ano a equipe destacou-se até as rodadas finais, mas terminou em 3º lugar. Juntamente com Paulo Borges, Parada e Cabralzinho, Bianchini levou o Bangu ao primeiro lugar do campeonato carioca de 1964, empatado com o Fluminense. Nas partidas de desempate, entretanto, amargou 2 derrotas, tendo que se contentar com o vice-campeonato.

Nesses dois anos Bianchini despertou a atenção de outras equipes, tendo o Bangu resistido principalmente às investidas do Botafogo. Sem querer reforçar o adversário, concordou em negociar Bianchini com o América do México. Mas as artimanhas do empresário Cacildo Oses terminaram por levar Arlindo, jovem promessa do Botafogo para a equipe mexicana, iludindo a diretoria banguense e colocando Bianchini no alvinegro carioca.

Bianchini (Botafogo) Revista Futebol e Outros Esportes

Mesmo com o Botafogo terminando 1965 como 4º colocado, suas boas atuações renderam o que pode ser considerado o auge de sua carreira, a convocação para 3 partidas da seleção brasileira, atuando contra Argélia, Portugal e Suécia. Só em 1966, Bianchini conseguiria seu primeiro e único título, no Torneio Rio-São Paulo, tendo voltado a formar dupla de ataque com Parada, quando o Botafogo foi considerado campeão, mas juntamente com Corinthians, Santos e Vasco. A inusitada situação de 4 campeões foi resultado do empate em pontos ganhos e da falta de datas para jogos desempate, devido à convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo que seria disputada na Inglaterra.

Depois do título Bianchini foi vendido ao Vasco, tendo participado da única partida que Garrincha vestiu o terno cruzmaltino, num amistoso realizado em sua cidade natal, em julho de 1967, contra a seleção local, no qual anotou 3 gols. Passou discretamente pelo Atlético-MG e pelo Sport-PE, retornando ao Vasco em 1968, transferindo-se para o Flamengo no ano seguinte. Já em final de carreira, Bianchini teve rápidas passagens pelo Red Stars (França), Puebla (México) e São José-SP, encerrando sua carreira em 1971.

Por que jogava de terno?

Oportunismo e faro de gol, bom chute e habilidade com a bola nos pés fizeram com que Bianchini se destacasse como atacante de referência, o famoso camisa 9 de origem. Ao se despedir do Bangu, Bianchini ostentava 152 jogos disputados, nos quais atingiu a marca de 81 gols, quase colocando-se como um dos 10 maiores artilheiros do clube.

👤 Adhemar Bianchini de Carvalho

👶 28 de setembro de 1940 – Faleceu em 27 de outubro de 2005, aos 65 anos

🏠 Brasileiro

👕Bangu, Botafogo, Vasco, Sport, Atlético-MG, Flamengo, Red Stars (FRA), Puebla (MEX), São José (SP) e Seleção Brasileira.

🏆 Torneio Rio-São Paulo 66 (Botafogo)

👑Sem títulos individuais de destaque

Classômetro: 👔 👔 👔 👔👔👔👔 (6,5)

📷 Revista do Esporte, nº 313, 1965 / Revista Futebol e Outros Esportes

bottom of page