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Vavá: o curioso futebol do peito de aço


Vavá-Vasco

Vários jogadores são considerados gênios. Toques refinados, visão de jogo sobrenatural, finalização precisa e dribles desconcertantes. Porém, existem jogadores que entram no panteão do esporte de uma forma curiosa. E que futebol curioso tinha Vavá. Capaz de passar despercebido em boa parte da partida, o atacante era um atleta imprevisível. Com uma capacidade de finalização impressionante e pitadas de talento e inteligência, Vavá se tornou referência no esporte e entrou para a história do futebol. Conhecido pela sua garra e coragem dentro dos gramados, Vavá, o “peito de aço” foi campeão pela maioria dos times que passou. Foi ídolo no Sport Recife, Vasco da Gama, Atlético de Madrid e Palmeiras. Além disso, coleciona títulos e gols com o terno canarinho, sendo o terceiro maior artilheiro do Brasil em Copas do Mundo. Batizado como Edvaldo Izídio Neto, Vavá iniciou a carreira em 1948, ainda como meia nas categorias amadoras do Sport Recife. Em 1949 faturou seu primeiro título na categoria juvenil. No início da década de 50, Vavá passou a ser aproveitado como centroavante e logo chamou a atenção do Vasco da Gama, para onde se transferiu em 1952. No clube cruzmaltino, Vavá viveu o auge da carreira. Os 191 gols marcados em 7 anos no Rio de Janeiro foram fundamentais nas conquistas de três títulos cariocas e um torneio Rio-São Paulo. A categoria de ídolo foi alcançada em 1957, no torneio de Paris. Na final o Vasco enfrentou o Real Madrid, uma das melhores equipes do mundo, comandada pelo argentino Di Stefano. Com uma atuação excepcional, Vavá marcou um gol e liderou o Vasco ao título. Devido ao bom desempenho no Vasco, Vavá foi um dos convocados de Vicente Feola para integrar a seleção na copa de 1958. Na Suécia, o centroavante marcou 6 gols, incluindo o que iniciou a virada brasileira na final. Devido a raça e a vontade dentro de campo, Vavá recebeu o apelido de “Leão da Copa” pela imprensa sueca. Após a copa, Vavá acertou sua transferência para o Atlético de Madrid, algo raro na época. Foram quatro anos jogando em solo espanhol, com duas Copas do Rey conquistadas, mas o desempenho ficou distante do apresentado na época do Vasco. Vendo a aproximação da Copa do Mundo de 1962, Vavá negociou o retorno ao Brasil para o Palmeiras em 1961. Ao lado de Julinho Botelho, Chinesinho e Ademir da Guia, Vavá formou a linha ofensiva da primeira “Academia” do alviverde. O centroavante retomou o bom futebol marcando 71 gols em 142 partidas. Em 1962, Vavá foi mais uma vez artilheiro da seleção na Copa. O centroavante marcou 4 vezes e ajudou o Brasil a vencer o segundo mundial seguido.

Em 1965 seu passe foi negociado com o América do México. Quatro anos depois voltou novamente ao Brasil e encerrou sua carreira profissional na Portuguesa Carioca. Em 1969 iniciou sua trajetória como treinador na mesma Portuguesa do Rio. Dirigiu ainda equipes na Arábia Saudita, Espanha, Portugal e México. Foi auxiliar de Telê Santana na Seleção Brasileira entre 1980 e 1982. Em 1981 também comandou o time canarinho no Mundial de Juniores. Por que jogava de terno? Garra, coragem, e capacidade de finalização incontestáveis transformaram Vavá em um exemplo para demais jogadores da época. Em meados da década de 1950, o futebol brasileiro passava por mudanças na forma de ver o jogo. A mudança do 3-2-5 para o 4-2-4 fez o jogo ficar mais técnico e menos físico. Por conta disso, muitos jogadores ídolos na década de 40 ficaram pelo caminho. Mas Vavá não ficou. Soube se adequar as novas mudanças e preservar o estilo físico de antes. A entrega e o faro de gols fizeram do “Peito de Aço” uma referência para futuros centroavantes. 🚹 Evaldo Izídio Neto 👶 12 de novembro de 1934, faleceu em 19 de janeiro de 2002 🏠 Brasileiro 👕 Sport Recife, Vasco da Gama, Atlético de Madrid, Palmeiras, América (MEX), San Diego Toros (EUA) e Portuguesa-RJ 🏆 (principais) Torneio de Paris 57 (Vasco), Torneio Rio-São Paulo 58 (Vasco), Copa do Rey 60 e 61 (Atlético de Madrid), Copa do Mundo 58 e 62 (Brasil), Torneio Oswaldo Cruz 58 e 62 (Brasil) 👑 Artilheiro da Copa do Mundo 62 (Brasil) Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔(8,3) 📷: Esporte Ilustrado

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