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João Leite: Goleiro de Deus


João Leite - Atlético-MG - Arquivo Jornal Estado de Minas

Em 1976 o futuro não parecia muito promissor para um jovem goleiro do Atlético, recém promovido das categorias de base, logo depois de completar 20 anos. Era desanimador enfrentar a concorrência do veterano Careca e de Zolini, que se alternaram com o terno atleticano no ano anterior. E a situação ficaria pior quando o Atlético resolveu importar o folclórico goleiro argentino Ortiz, que logo assumiu a titularidade e tornou-se ídolo da torcida por sua habilidade de jogar com os pés e, principalmente, por fazer gols cobrando pênaltis, uma grande novidade à época. Mas João Leite acabou por se tornar um grande fã do concorrente, mudando sua postura e passando a treinar em dois períodos. Participou de apenas 3 amistosos e, com algumas passagens pelo banco de reservas, viu o Galo tornar-se campeão mineiro invicto. A dedicação aos treinos, inclusive nas férias do final de 1976, rendeu ao classudo a titularidade em 2 amistosos em janeiro do ano seguinte. Passou então a alternar com Sérgio o comparecimento ao banco de reservas, integrando também a delegação do time na excursão à Ásia e Europa. Na decisão do campeonato mineiro de 1977 o Atlético venceu a primeira partida da decisão contra o Cruzeiro, mas em seguida foi derrotado duas vezes. Nessas derrotas o artilheiro celeste Revetria, amigo de Ortiz, marcou 4 gols. O goleiro foi acusado de ter sido comprado e foi afastado da equipe. Era a oportunidade que João Leite esperava, tornando-se titular na partida contra o Santos, pelo campeonato brasileiro e encerando o ano com 21 jogos, sagrando-se vice-campeão brasileiro sem derrotas e destacando-se ao defender 2 pênaltis que não impediram o título do São Paulo. A longa titularidade rendeu a João Leite o hexacampeonato mineiro (78-83), um bicampeonato (85-86) e ainda o título de 88, antes de se transferir para o Vitória de Guimarães, em 1989. Nesse intervalo ainda vestiu o terno da seleção brasileira na Copa América 79 e no Mundialito Fifa 80. Retornando ao Atlético, conquistou seu 11º título estadual (91) e a Conmebol (92). João Leite também se destacou por ser um dos fundadores do ministério “Atletas de Cristo” e notabilizou-se por entregar exemplares da Bíblia aos goleiros adversários antes das partidas, recebendo o apelido de “Arqueiro de Deus”. Por que joga de terno? João Leite chamou a atenção por sua estatura, reflexos, desenvolvimento técnico e ótima colocação sob as traves. Com o terno atleticano alcançou a expressiva e praticamente imbatível marca de 684 partidas. 👤 João Leite da Silva Neto 👶 13 de outubro de 1955 👕 Atlético-MG, Vitória de Guimarães (POR), Guarani (SP), América-MG e Seleção Brasileira 🏆 Conmebol 92, Campeonato Mineiro 76, 78-83, 85-86, 88 e 91 👑 Bola de Prata 79 Classômetro 👔👔👔👔 👔👔👔(6,7)

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