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O guardião do dragão


Hélton Porto

Goleiro, brasileiro, nascido em São Gonçalo. Porém, português, um apaixonado pela cidade do Porto e ídolo do Estádio do Dragão. O Joga de Terno de hoje vai contar a história de Hélton da Silva Arruda, marcado pelas belíssimas passagens pelo Vasco da Gama e pelo Porto. O guarda redes mistura o que tem de melhor nas culturas portuguesa e brasileira e ajuda a levar o samba por onde passa com o grupo Uzôme.

Desde as peladas de menino, Hélton sabia que o seu dom era defender a meta dos jogadores. Depois de tentar diversas “peneiras” nos clubes do Rio de Janeiro, conseguiu uma oportunidade de jogar nas categorias de base do Flamengo. Contudo, além das dificuldades financeiras de sair de São Gonçalo para treinar no Ninho do Urubu, o jovem Hélton, por conta de uma brincadeira de criança, caiu de um pé de jamelão, resultando em um coágulo na cabeça, impedindo-o de jogar futebol por um ano.

Recuperado da lesão, o goleiro conseguiu uma oportunidade no São Cristóvão, clube em que Ronaldo Fenômeno deu os seus primeiros passos. Depois de uma bela atuação em uma partida contra o Vasco da Gama, foi aconselhado a passar por um teste na colina. Aprovado, aos doze anos de idade, o goleiro encantou. Hélton foi promovido à equipe profissional e conseguiu uma chance, quando o então titular Carlos Germano passou por problemas contratuais. A ocasião? Mundial Interclubes de 2000. Apesar do vice campeonato do Vasco na competição, Hélton teve ótimas atuações, o que lhe rendeu a titularidade.

Pelo Vasco, Hélton conquistou o lendário título da Mercosul em 2000 e o Campeonato Brasileiro no mesmo ano. Em 2001 ficou marcado por levar o belíssimo gol de falta de Petkovic aos 43 do segundo tempo na final do Campeonato Carioca. Em 2002, depois de passar pelo mesmo problema contratual que tirou Carlos Germano do Vasco em 2000, Hélton acabou transferindo-se para o União Leiria de Portugal.

O goleiro atuou pelo União Leiria até o ano de 2005. Mesmo sem conquistar títulos, chamou a atenção do Porto, que acabou por concretizar a sua contratação. Pelo Porto Hélton tornou-se ídolo. Com sete Campeonatos Portugueses, quatro Taças de Portugal, seis Supertaças Portuguesas e uma conquista da Liga Europa, o goleiro que ostentava ainda a braçadeira de capitão, atingiu a marca de 334 jogos pela equipe. Em 28 de Junho de 2016, os torcedores do Porto despediram-se do seu ídolo.

Pela Seleção Brasileira, Hélton foi convocado pela primeira vez em 2000 para a disputa das olimpíadas, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. A campanha não foi das melhores e o Brasil não participou do pódio. Hélton participou ainda da campanha campeã da Copa América de 2007, entretanto, não saiu do banco. Sua última convocação veio em 2009, nas eliminatória da Copa de 2010, mas novamente não atuou.

Por que jogava de Terno?

Ídolo no Vasco da Gama e no Porto, Hélton era um goleiro ágil com ótimo reflexo e dono de defesas difíceis, saindo sempre bem nas fotos. Passava tranquilidade à frente das redes e foi sempre elogiado nos clubes em que passou. Mesmo não tendo evitado o gol de Petkovic em 2001, Hélton acabou por não ser criticado no lance, tendo Pet recebido todos os méritos por ter colocado uma bola impossível “onde a coruja dorme” em pleno Maracanã lotado. O goleiro vai ser para sempre lembrado como o guardião do Estádio do Dragão. 👤 Hélton da Silva Arruda 👶 18 de Maio de 1978 🏠 Brasileiro/Português 👕 Vasco da Gama (BRA), União de Leiria (POR), Porto (POR) e Seleção Brasileira. 🏆 (Principais) Campeonato Brasileiro 00, Copa Mercosul 00 (Vasco da Gama); Campeonato Português 05/06, 06/07, 07/08, 08/09, 10/11, 11/12 e 12/13, Taça de Portugal 05/06, 08/09, 09/10 e 10/11, Liga Europa 10/11 (Porto); Copa América 07 (Seleção Brasileira). 👑 Sem títulos individuais de destaque.

Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (6,8) 📷 Getty Images

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