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Treze FC 2005: O dia que 25 mil se tornaram apenas 1


Treze FC-2005

Vez ou outra nós vemos no cenário nacional alguns times de menor expressão aparecendo na mídia após causar "polêmicas", ao derrotar um time grande numa competição como a Copa do Brasil, e esses casos sempre vêm acompanhados de boas histórias. Hoje o Joga de Terno vai falar do Treze-PB, que em 2005 fez a que até hoje é a maior campanha de um time paraibano numa Copa do Brasil. Imortalizaram um elenco e deram para os torcedores alvinegros uma história pra ser contada aos netos. Após ser campeão estadual direto vencendo os dois turnos, e ainda aplicando goleadas de 6-1 e 5-1 sobre os seus arquirrivais, Campinense e Botafogo, respectivamente, o Treze buscava algo maior, e almejava grandes patamares no ano de 2005. Adentrou na Copa do Brasil para encarar o Ulbra-RS na primeira fase, e após perder por 3-0 em terras gaúchas, o Treze conseguiu, numa das maiores viradas que o futebol paraibano já viu, golear o Ulbra por 5-0 e reacender a chama que pairava no coração do torcedor do Galo de Campina Grande. Mas a alegria e euforia durou pouco. O Treze descobriu que enfrentaria o São Caetano, fortíssimo à epoca, e que vinha de uma eliminação nos pênaltis pro Boca Juniors na libertadores de 2004. Mas o time paraibano afastou os fantasmas e mostrou que realmente tinha a personalidade que a torcida esperava. Venceu em seus domínios pelo placar mínimo e na semana seguinte, arrancou um empate na cidade de São Caetano do Sul. A competição afunilou, e lá estava o Treze, nas oitavas de final da Copa do Brasil, entre os 16 melhores times. E o adversário da vez era o Coritiba, do técnico Antônio Lopes. O alvinegro paraibano foi derrotado no Paraná por 2-1, mas na volta, em Campina Grande, com um gol de extremo oportunismo, o camisa 9 do Galo, Adelino, marca um gol de cabeça, sua especialidade, e o Treze vence pelo placar mínimo, eliminando o Coritiba devido ao gol qualificado, fato esse que causou a demissão do tecnico Antônio Lopes, que vinha de nove vitorias frente ao clube paranaense. A campanha do Treze Futebol Clube ja se solidificava naquele momento como a melhor da história do próprio time, mas tanto a torcida quando seus jogadores sonhavam com mais. E dessa vez, já nas quartas, o adversário era o tricolor das laranjeiras, Fluminense Football Club. O time carioca venceu o primeiro jogo no Rio de Janeiro por 1x0, num jogo muito tenso, onde cada bola era brigada. E uma semana depois, dadas às devidas proporções do evento, o jogo Treze x Fluminense estava sendo transmitido em horário nobre na tv brasileira, fato até entao muito raro para clubes da Paraíba. O Treze tratou de mostrar em campo os motivos de ter chegado até ali, e jogou o seu melhor futebol, apesar da bola, que estava tão teimosa naquela noite, ter teimado em não entrar nas balizas do time tricolor. O torcedor achava que o jogo já estava acabado e que o sonho tinha sido destruído. O visor ja mostrava 47' do segundo tempo, e muitos torcedores já iam embora das dependências do estádio Amigão, em Campina Grande. Foi quando o impossível aconteceu. Com passe de Adelmo para o camisa 10 do Alvinegro, Beto marcou o gol mais importante do ano para o Treze aos 48' e fez com que o grito do torcedor Trezeano ecoasse naquela noite a ponto de fazer o estádio tremer. Já nos pênaltis, o estádio estava estático. Todos os corações batiam num único ritmo. Todos os 25 mil. Era uníssono. O Treze passava por um dos momentos mais gloriosos de sua história. E os 25 mil torcedores presentes naquela noite confirmavam ainda mais esse fato. A série de pênaltis foi algo realmente fora do normal, e entre gols, defesas, chutes na trave, e bolas isoladas, o placar estava 7x7 e os goleiros de ambos os times já se preparavam para suas cobranças. Ambos marcaram. E começando uma outra série, um dos líderes do elenco alvinegro, o lateral Wagner Diniz, tinha em suas mãos a responsabilidade de manter o Treze vivo naquela disputa. Ele colocou pra fora. À direita da trave defendida pelo goleiro tricolor. E na cobrança seguinte, o Fluminense marcou e conseguiu sua classificação, quando o relógio ja marcava mais de meia noite e meia na cidade de Campina Grande. E após um jogo marcado por polêmicas (sobre o goleiro tricolor ter se adiantado nas cobranças) e fortes emoções, o torcedor trezeano não conseguia entender e engolir aquela derrota. E então o único pensamento presente na mente dos alvinegros era "e se?". "E se aquela bola tivesse entrado?", "e se nosso goleiro tivesse se esticado um pouquinho mais naquela cobrança?"... Mas apesar de todos os "e se?", o elenco e o torcedor comungavam de um mesmo sentimento de orgulho, em meio à toda dor. Pois há 13 anos atrás, todos os 25 mil presentes no Amigão naquela noite sabiam que o Treze tinha feito história. E que história. 🏆 Títulos conquistados: Campeonato Paraibano 2005 👕 Time base: Azul (Érico); Wagner Diniz, Alisson, Kiko e Kleber (Márcio Alemão); Pedro Neto, Rogério (Maurício), Adelmo; Beto, Da Silva e Adelino 👤 Principais classudos: Wagner Diniz, Adelmo e Beto ⚽ Após um passe aéreo de Adelmo que quebra a marcação, Beto chuta rasteiro e coloca o Treze à frente no placar aos 47' 2T, na vitória por 1x0 sobre o Fluminense-RJ.


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