Transformando a lealdade em padrão
Quem acompanhou o futebol brasileiro nos anos 90 lembra muito bem do volante Galeano, principalmente pela sua garra e até um excesso de vontade dentro de campo. Multicampeão pelo Palmeiras, se tornou uma das maiores idolatrias do clube, sua vontade dentro de campo era exaltada por rivais, que muitas vezes pensavam duas vezes antes de entrar na dividida com o palmeirense. Foi lançado para o futebol no próprio Palmeiras com o aval do treinador Leão. Demorou para se consolidar na equipe e até foi emprestado para o Rio Branco e Juventude (parceria Parmalat), onde foi campeão da série B. Durante seu contrato com o clube da rua Turiassú, se mostrou um jogador leal a seus princípios e na sua volta ao clube começou a cavar a vaga no time titular. Participou do histórico time dos 100 gols no paulista de 96. Ao lado de craques como Djalminha, Cafu, Muller, Rivaldo e Luizão, tinha seu espaço durante a segunda etapa dos jogos para dar aquela catimbada e segurada no jogo. Foi ganhando confiança e participou em campo dos mais importantes títulos da história do clube. Na Libertadores de 99 ganhou o apelido de “Senhor Palmeiras”, devido sua liderança em campo. Em 2002 devido uma reformulação do elenco promovida por Vanderlei Luxemburgo que culminaria na queda para a série B, faria com que Galeano se transferisse para o Botafogo. Onde iniciaria, até por sua idade mais avançada, o processo de itinerância pelo futebol. Logo depois foi para o Japão e Turquia, para voltar ao Brasil e passear por diversos clubes até se aposentar. Por que jogava de terno? Galeano nunca foi um jogador habilidoso. Mas compensava a falta de técnica com a raça. Mas uma raça útil, aquela que acordava o time em jogos mornos. Foi um dos principais jogadores da era Felipão, exatamente por ter características que o gaúcho adora. Um ídolo para o clube, para a torcida palestrina e um símbolo da raça brasileira. 👤 Marcos Aurélio Galeano 👶 28 de março de 1972 🏠 Brasileiro 👕 Palmeiras, Rio Branco, Juventude, Botafogo, Gamba Osaka, Ankaragücü, Bahia, Figueirense, Ponte Preta, Fortaleza, Goiás, Santo André, Joinville, Sertãozinho e Ituano 🏆 Copa do Brasil 1998, Copa Mercosul 1998, Libertadores da América 1999 (Palmeiras) 👑 (sem premiações individuais de destaque) Classômetro: 👔👔👔👔👔 5,8 📷 Revista Placar