Um super-herói tricolor
Dizem que a cada década, revivemos a moda de 20 anos atrás. E depois dos anos 80, é a vez de saudar os 90. O futebol não é nada diferente. Pelo contrário, ajuda a propagar essa onda nostálgica. E é um desses classudos que fizeram história naquela década que o Joga de Terno vai falar hoje. Ézio Leal Moraes Filho era um atacante esforçado que até chegar ao Fluminense, em 1991, passou por clubes como Bangu, Olaria, Americano e Portuguesa-SP. Foi no tricolor das Laranjeiras que ele ganhou o Brasil. Especialmente porque o icônico narrador Januário de Oliveira o apelidou de Super-Ézio. Com o terno do Fluminense, soma 199 gols em 237 jogos, sendo um dos dez principais artilheiros da história do clube em jogos oficiais. Mesmo o time passando por um dos momentos mais conturbados da história, Ézio sempre se destacou pela raça e vontade que mostrou em campo. Um dos motivos que atrapalhou a carreira do jogador foram as lesões. Em 95, ele foi negociado com o Atlético-MG, chegou a marcar mais de 20 gols em 60 jogos, mas as dores o atrapalharam muito. Por isso, encerrou a carreira precocemente aos 32 anos, na Inter de Limeira. Em 2011, aos 45 anos, faleceu vítima de câncer. Por que jogava de terno? Os fãs de futebol sabem que Ézio nunca foi craque. Os torcedores do Fluminense também. Mas ele fez parte de um rol de atacantes “caneludos” que fizeram sucesso naquela década. Com uma raça empolgante e um faro de gol de dar inveja, Ézio marcou uma geração e ainda hoje provoca dores de cabeça nos torcedores do Flamengo – é o terceiro maior artilheiro da história do Fla-Flu. A relação dele com o tricolor era muito forte. Em entrevista, anos depois, chegou a dizer que assinou contrato em branco. 👤 Ézio Leal Moraes Filho 👶 15 de maio de 1966 Faleceu em 9 de novembro de 2011, aos 45 anos 🏠 Brasileiro 👕 Bangu, Olaria, Americano, Portuguesa, Fluminense, Atlético-MG, CFZ-RJ, Rio Branco-ES e Inter de Limeira 🏆 Campeonato Carioca 1995 (Fluminense) 👑 (sem premiações individuais de destaque) Classômetro: 👔👔👔👔👔 5,4 📷 Fluminense FC/Arquivo