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O ídolo de Zico


Dida - Flamengo

O classudo de hoje é considerado um dos maiores jogadores da história do futebol alagoano, ídolo e artilheiro no Flamengo. Edvaldo Alves de Santa Rosa, o Dida, também foi o dono da camisa 10 da Seleção Brasileira antes de Pelé e Zico. A carreira do craque que hoje relembramos no JdT, foi inspiração para grandes nomes do nosso futebol.

Dida iniciou sua trajetória no profissional pelo CSA de Maceió, sua cidade natal, no fim dos anos 40. Foi campeão alagoano e logo depois foi descoberto por dirigentes do Flamengo, que estavam na cidade. O físico franzino não atrapalhou e Dida passou no teste, indo para a Gávea. Passou a vestir o terno rubro-negro em 1953 e sagrou-se tricampeão carioca nos anos seguintes, sendo o último torneio conquistado sob a estrela de Dida, que integrava o poderoso ataque ao lado de Joel, Paulinho, Evaristo e Zagallo. Naquela oportunidade o meia novato foi o vice-artilheiro do time, com 15 gols, quatro deles anotados no segundo jogo da decisão, quando Dida comandou a goleada rubro-negra sobre o América por 4x1 e levou ao delírio a maioria dos 140 mil torcedores que estavam no Maracanã.

O classudo era habilidoso, com ótima visão de jogo e faro de gols. Conseguiu encantar até mesmo os mais exigentes e destruiu defesas como poucos. Todo esse sucesso o levou à Seleção Brasileira. A primeira convocação foi em maio de 1958, às vésperas do mundial. Estreou já vestindo a 10 e marcando um gol de letra no amistoso contra o Paraguai. No segundo tempo deu lugar a um garoto chamado Pelé, que também marcou um dos gols na goleada por 5x1.

Na Copa do Mundo de 1958, na Suécia, Dida estreou como titular na vitória sobre a Áustria mas não agradou muito nos jogos seguintes, sentindo a pressão. O vascaíno Vavá também usou a 10 naquele mundial, mas depois do jogo contra a União Soviética, Pelé assumiu de vez a posição e se consagrou como um dos protagonistas do time que conquistou a primeira Copa do Mundo de nossa história.

Depois disso foram apenas mais duas convocações para a seleção, mas no Flamengo a estrela de Dida seguiu brilhando. Adorado pela torcida, conquistou o Torneio Rio-São Paulo e mais um carioca em 1963. Foram nove anos na Gávea, mais de 350 jogos e 264 gols. Em 1964, principalmente devido a algumas desavenças com o então treinador Flávio Costa, Dida transferiu-se para a Portuguesa. No Rio, deixou um fã chamado Zico, que oito anos depois estrearia pelo Flamengo. Na Lusa, foi vice-campeão paulista. Pouco tempo depois foi para o Atlético Júnior, da Colômbia, onde encerrou a carreira aos trinta e três anos.

Por que jogava de terno?

Na lista dos maiores camisas 10 da seleção brasileira, Pelé e Zico são presenças inquestionáveis. O que não podemos esquecer é que ambos tiveram forte influência de outro classudo que vestiu a amarelinha antes: Dida. Segundo maior artilheiro da história do Flamengo, atrás apenas de Zico. Há quase dezesseis anos o meia-atacante faleceu, mas a lenda do futebol alagoano continua viva. “Meu pai era apaixonado pelo Dida, os meus irmãos, o Antunes, o Edu, o Nando... era tudo Dida, lá em casa só se falava em Dida, e o meu grande sonho era vestir aquela camisa 10. Sempre vi o Dida como um cara totalmente diferente na minha história” – declarou Zico, em entrevista ao Globo Esporte, em 2014.

👤 Edvaldo Alves de Santa Rosa

👶 16 de março de 1934 Faleceu em 17 de setembro de 2002, aos 68 anos

🏠 Brasileiro

👕 CSA, Flamengo, Portuguesa, Atlético Júnior e Seleção Brasileira.

🏆 (principais): Campeonato Alagoano 49 (CSA), Campeonato Carioca 53, 54, 55 e 63 (Flamengo), Copa do Mundo 58 (Seleção Brasileira).

👑 Sem títulos individuais de destaque

Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔 (8,4)

📷 Arquivo Museu dos Esportes

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