Um becão de luvas
Se um dia existisse uma seleção composta apenas por jogadores-problema do futebol nacional, certamente Fábio Costa iria defender a meta de tal plantel, pois apesar dos momentos bonitos da carreira do ex-arqueiro santista, suas condutas extracampo foram prejudiciais a um desenvolvimento maior como atleta. Porém, nada que o faça desmerecer o título de Classudo. Fábio Costa é o segundo goleiro que mais vestiu o terno do Peixe na história, apenas atrás do lendário Manga, mas antes de ser um ídolo (com seus "poréns") no Santos, o mesmo foi revelado no Vitória. Quatro anos atuando na sua terra natal foram suficientes para conquistar a projeção nacional que todo garoto almeja após estrear no profissional. Rumo a Santos. Ainda garoto e na sua segunda temporada pelo time de Pelé, Fábio Costa já era campeão brasileiro fazendo parte do time que tinha como estrelas Diego e Robinho! Mesmo com seu jeito difícil de lidar, a relação entre torcida e atleta sempre foi de harmonia, até o guarda-redes se transferir para o Timão. Dentro de um elenco milionário e polêmico, o Classudo de hoje demorou a ter sequência de jogos no time do então treinador Passarela. Mas está lá na história! Mais uma vez campeão brasileiro e com sua marca deixada no Corinthians, e também nas pernas de Tinga. Um ano após a conquista da liga nacional pelo Coringão, Fábio retornou ao Santos e é neste momento onde sua imagem começa a se deteriorar com atitudes violentas contra companheiros de equipe e torcida, e que tiveram reflexo dentro de campo! Empréstimos, afastamentos, lesões e o banco foram o sepultamento do goleiro no clube. Ainda com passagens por Atlético Mineiro e São Caetano, o hoje empresário de jogadores tinha um temperamento explosivo, mas a entrega sempre foi nítida. A quem diga que era um zagueiro na posição errada, as divididas pelo chão com os atacantes eram um espetáculo à parte, às vezes um sinônimo de penalidade máxima, porém ninguém o intimidava e, por isso, se tornou um detentor do amor e ódio das torcidas dos clubes em que jogou. Por que jogava de terno? Fábio Costa não foi um goleiro exuberante, mas tinha eficácia nas suas atuações, que fizeram vestir o terno alvinegro santista por 350 oportunidades divididas em duas passagens. Com o pavio curto, mas muito guerreiro dentro de campo. Um jogador aguerrido que anda em falta nos dias de hoje, principalmente na sua posição. 👤 Fábio Costa 👶 27 de Novembro de 1977 🏠 Brasileiro 👕 Vitória; Santos; Corinthians; Atlético-MG e São Caetano. 🏆 (Principais) Copa do Nordeste 97 e 99 (Vitória); Campeonato Brasileiro 02 (Santos); Campeonato Brasileiro 05 (Corinthians). 👑 Seleção do Campeonato Brasileiro 05. Classometro: 👔👔👔👔👔👔 (6,1) 📷 Valeska Silva / Globoesporte.com