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"Mas ele nunca jogou de terno"


Não são raras as vezes que temos recebido estas mensagens nas nossas redes sociais - algumas vezes com direito a alguns xingamentos - quando publicamos um texto sobre algum jogador com menos classe, geralmente Classômetro abaixo de 7 - apesar de muitos não repararem na nota baixa. Elas questionam como uma página chamada JOGA DE TERNO poderia escrever sobre um jogador que nunca foi considerado craque nem mesmo pelos amigos mais próximos. Acontece que, desde o começo, a nossa intenção sempre foi contar histórias de jogadores que fizeram história no futebol. Já no primeiro mês do JdT publicamos textos de jogadores como Aloísio Chulapa e Gilmar Fubá. Eles podem não ter sido importantes para você, pois provavelmente não jogaram no seu time, mas não significa que não tenham sido importantes para alguns milhões de torcedores. Então achamos que é a hora de explicar algumas coisas para os nossos classudos que nos acompanham há mais de 2 anos: -O QUE É PRECISO PARA UM JOGADOR ESTAR NO JOGA DE TERNO? Obviamente não precisamos justificar os craques, mas sim nomes como Guiñazu, Ralf e Boateng, exemplos recentes que foram criticados e questionados. Sim, nenhum deles é um primor técnico, mas há alguns pontos que precisam ser considerados. O primeiro deles é a função em campo. Nunca foi obrigação de Guiñazu e Ralf darem dribles plásticos, golaços e assistências, típicos de um camisa 10. Para eles, um carrinho, um desarme, ou uma roubada de bola são muito mais importantes. Além disso, se destacaram em grandes clubes do país e marcaram história no futebol, como também é o caso do Boateng ao vestir a camisa do Milan por três temporadas. Nenhum dos três, de fato, é craque, mas entenda que futebol também é paixão e vai muito além daquilo que você vê e sente. No caso de Ralf, coincidência ou não, as críticas vieram de torcedores de times rivais do Corinthians. A gente aqui prefere evitar o clubismo, enxergar o futebol como um todo e reconhecer a importância que ele tem para o time, sua torcida e que, de certa forma, marcou seu nome na história do futebol brasileiro. O Classômetro, aliás, serve justamente para reconhecer suas limitações. Se a a nota de um jogador for 5 em uma escala que vai de 0 a 10, você acha mesmo que ele é considerado um craque por nós? Por falar em Classômetro, é também um bom momento para explicarmos outra grande dúvida: -QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS DO CLASSÔMETRO? Habilidade técnica, títulos e relevância para o futebol. Estes são os NOSSOS critérios, nesta ordem de relevância. Você pode não concordar, pode definir outros, mas os do JdT são esses e não vão mudar. Então, quando você vir um jogador com nota alta mas que você considere ruim observe antes quantos títulos ele conquistou e em quais clubes ele jogou. Se, mesmo assim, você quiser discordar e criticar a nota, fique à vontade, adoramos ouvir a opinião de vocês. Até porque, com mais de 600 textos publicados, é praticamente impossível acertar sempre nas notas. Não temos nada contra as críticas, pelo contrário, muitas delas foram muito importantes para revermos algumas notas do Classômetro que foram, de fato, injustas. É muito bom saber que podemos contar com um grupo de seguidores que sabe ser crítico e analisar o futebol de maneira coerente.Nem todos são assim, alguns fazem a crítica pela crítica, baseada em clubismo e argumentos que não se sustentam. O Joga de Terno vai seguir acertando, errando e sempre arriscando. E contamos com vocês pra isso. Todos vocês.


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