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Disciplina e mastria

Valdo Seleção Brasileira

Dia 19 de dezembro de 2004. O Botafogo entra em campo lutando contra o rebaixamento. E consegue. Empata por 1 a 1 com Atlético-PR em Curitiba e segue na elite do futebol brasileiro. Mas para um jogador, a carreira de atleta se encerra neste dia. Valdo, meia conhecido por sua disciplina tática e com experiência acumulada de grandes clubes e duas Copas do Mundo, se despediu dos gramados aos 40 anos. Valdo Cândido Filho nasceu em 1964 em Siderópolis (SC). Começou nas categorias de base do Figueirense, mas se tornou jogador profissional no Grêmio. Foi no Tricolor gaúcho que assinou o primeiro contrato, em 1984. Chegou a atuar na ponta-esquerda, mas se destacou mesmo como meia de criação. O bom desempenho de Valdo no Grêmio chamou a atenção do técnico da Seleção Brasileira, Telê Santana. Com 22 anos, ele foi convocado para a Copa do Mundo de 86, sendo reserva. Dois anos depois, ele deixou o país para vestir o terno do Benfica. E além do bicampeonato português, Valdo brilhou na Liga dos Campeões 89-90, quando o time português ficou com o segundo lugar. Em 89, foi um dos principais nomes no título brasileiro da Copa América. No ano seguinte, foi o responsável por organizar o meio-campo no então inovador esquema 3-5-2 na Copa do Mundo da Itália. Em 91, Valdo partiu para a França defender o PSG e por lá conquistou o Campeonato Francês duas vezes. Voltou ao Benfica em 95 e, dois anos depois, desembarcou no Nagoya Grampus. Então, ele viveu um dos momentos mais difíceis da vida. Em 97, a filha dele, Tathielle, então com 13 anos, faleceu após sofrer um acidente de carro no Brasil. Em entrevista ao UOL, Valdo disse que o futebol o ajudou a superar esse momento de tristeza. “Eu não quis ficar muito tempo sem jogar bola, pois jogando eu estava em outro mundo”, afirmou. Aos 34 anos, Valdo voltou ao Brasil e viveu uma grande fase no Cruzeiro. Passou ainda por Santos, Atlético-MG, Juventude e São Caetano antes de encerrar a carreira no Botafogo, em 2004. Depois de pendurar as chuteiras, tentou a carreira de treinador, mas hoje está no Congo, onde é uma espécie de caça talentos para fomentar o futebol local. Por que jogava de terno?

Valdo era um jogador extremamente disciplinado e que todo treinador adorava, por cumprir a parte tática e técnica com maestria. Além disso, cuidava-se muito, tanto que, aos 34 anos, ainda jogava em alto nível e viveu um do melhores momentos da carreira com a camisa do Cruzeiro. Toda essa disciplina fez ele conseguir cumprir o seu papel até os 40 anos, quando se aposentou. 👤 Valdo Cândido de Oliveira Filho 👶 12 de janeiro de 1964 (54 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Grêmio, Benfica, PSG, Nagoya Grampus, Cruzeiro, Santos, Atlético-MG, Juventude, São Caetano, Botafogo e Seleção Brasileira 🏆 Campeonato Gaúcho 85, 86, 87 e 88 (Grêmio); Campeonato Português 88/89 e 90/91 e Taça de Portugal 95/96 (Benfica); Campeonato Francês 93/94 e Copa da França 92/93 e 94/95 (PSG); Recopa Sul-Americana 99, Campeonato Mineiro 98 e Copa Centro-Oeste 99 (Cruzeiro); Copa América 89 (Seleção Brasileira) 👑 Bola de Prata 88 Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (6,9) 📷 Bob Thomas/Getty Images

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