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O cangaceiro dos Pampas


Dinho-Libertadores

Existem jogadores que marcam época. Nem sempre por erguerem taças. Claro que títulos auxiliam muito no processo de se tornar ídolo em alguma equipe. Ou então a extrema qualidade técnica apresentada. Todo mundo gosta de ter um craque vestindo e defendendo as suas cores. Mas além disso, há algo que chamamos de sintonia entre o atleta e a torcida. Identificação. E isso é algo que, quando ocorre, deve ser celebrado. O Joga de Terno falará hoje de um jogador que dificilmente saía de uma partida com o uniforme limpo. Alguns pensam até que o termo classudo, termo tão reverenciado por nós aqui da página, não o cabe. E eles têm certa razão. Porém, contrariando esta parcela, falaremos hoje de Dinho, o cangaceiro. Dinho iniciou a carreira de jogador em 1985, no Confiança, clube sergipano. Não demorou muito e logo se transferiu para o Sport Club Recife. Por lá, o volante atuou mais de 150 vezes e fez parte do elenco que ganhou o polêmico Campeonato Brasileiro de 1987. Após breve passagem pela Europa, o jogador chegou ao São Paulo em 92 e iniciou a era vitoriosa de sua carreira. Foram mais de 110 partidas vestindo o terno tricolor e 7 títulos. Entre eles as duas Libertadores e os dois Mundiais Interclubes no poderoso time de Tele Santana. As conquistas pelo tricolor paulista ainda lhe renderam uma convocação para a Seleção Brasileira, em 93, mas Dinho não conseguiu garimpar espaço dentro da seleção (que viria a ser tetracampeã mundial) que já contava com nomes como os de Mauro Silva e Dunga. O volante teve rápida passagem pelo Santos até que chegou ao Grêmio de Felipão, em 94. Sobre a batuta de Luis Felipe Scolari, Dinho emendou uma nova sequência de títulos relevantes. Foram 7 títulos em três anos de clube, entre eles a Libertadores, duas Copas do Brasil e um Campeonato Brasileiro. Porém, mais que títulos, Dinho se torna um dos ídolos do esquadrão gremista e também um dos símbolos da equipe, que tinha como característica o futebol brigado, aguerrido e truculento. Não demorou muito para o jogador receber o apelido de Cangaceiro dos Pampas. O seu excesso de vontade (e de força em alguns casos) eram sempre muito exaltados pelos gremistas, acostumados com o estilo de jogo do futebol gaúcho. Como consequência, não é difícil de lembrar dos casos de briga envolvendo o volante gremista. O volante também passou por América-MG e Novo Hamburgo, antes de se aposentar, em 2002. Por sua postura em campo e por fazer parte de uma das eras mais vitoriosas da história do Grêmio, Dinho é lembrado até hoje por torcedores e, onde quer que vá, os gremistas o reconhecem e o exaltam. A identificação com o Rio Grande do Sul é tanta que, após se aposentar do futebol, Dinho decidiu viver no Rio Grande do Sul. Por que jogava de terno? Era um jogador brigador. Apesar do excesso de força em alguns lances, Dinho sempre foi muito combativo guardando os zagueiros. Apesar de atuar quase sempre como primeiro volante, a bola parada e os chutes de fora da área sempre preocuparam os times adversários. 👤 Edi Wilson José dos Santos 👶 15 de outubro de 1966 (51 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Confiança, Sport, La Coruña (ESP), São Paulo, Santos, Grêmio, América-MG, Novo Hamburgo e Seleção Brasileira. 🏆 (principais): Módulo Amarelo do Campeonato Brasileiro 87 (Sport), Copa Libertadores da América 92 e 93, Mundial Interclubes 92 e 93 (São Paulo), Copa do Brasil 94 e 97, Copa Libertadores da América 95 e Campeonato Brasileiro 96 (Grêmio). 👑 Nenhuma premiação de destaque Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (6,7)

📷 Getty Images

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