O Rei do Gatilho
Nos anos 90, a Colômbia nos presenteou com uma bela geração de jogadores que ganharam o mundo desfilando talento pelos gramados. Com grandes histórias de vida e, alguns deles, também com muitas polêmicas. É o caso do personagem de hoje do Joga de Terno. Faustino Hernán Asprilla Hinestroza foi um atacante rápido, com passagens de destaque na Europa, Brasil e na própria seleção colombiana, com quem disputou as Copas de 94 e 98. E também foi um jogador que conviveu lado a lado com polêmicas extracampo, como muito dos seus contemporâneos. Asprilla nasceu na cidade de Taluá e estreou no futebol profissional em 1988, no Cúcuta Deportivo. No ano seguinte, transferiu-se para o Atlético Nacional, onde começou a se destacar. Foi campeão colombiano em 91 e, em 92, assinou com o Parma. No futebol italiano, foi campeão da Copa da Uefa e da Recopa Europeia. Na Copa de 94, ele integrou o elenco que chegou carregado de expectativas de que seriam a grande surpresa da Copa. Mas infelizmente não corresponderam e acabaram eliminados ainda na primeira fase. Asprilla passou a não ser mais tão aproveitado no Parma e acabou indo por empréstimo para o Newcastle. Em sua segunda Copa, em 98, chegou com status de artilheiro da Seleção nas Eliminatórias, mas jogou apenas o primeiro jogo e acabou expulso da concentração por ter se desentendido com o treinador Hernan Goméz. Em 1999, desembarcou no Brasil para jogar no Palmeiras, onde foi campeão do Torneio Rio-São Paulo. Ainda defendeu o Fluminense antes de ir para o México. Encerrou a carreira em 2004, no Estudiantes. E foi nos últimos anos de carreira que ele se envolveu em situações mais polêmicas, especialmente envolvendo armas de fogo (daí surgiu a expressão “Rei do Gatilho”). Em 1993, já havia sido acusado de dar tiros para cima em Cartagena, porque queria que uma moça dançasse mais. Sete anos depois, chegou a ter a prisão decretada por dar tiros em uma balada na Colômbia. Quando estava no Universidad do Chile, em 2003, teria usado uma arma para dar disparos para o alto. Em entrevista ao UOL, em 2015, ele negou que tenha feito isso. Depois de aposentado, Asprilla resolveu criar um clube de futebol chamado de... Clube Atletico Faustino Asprilla. Trabalhou com muitos garotos e disse, na mesma entrevista citada antes, que passou a ser “um cara tranquilo”. Por que jogava de terno?
Asprilla foi um atacante rápido, que jogava pelos lados e que também sempre deixava seu golzinho. Tem 57 jogos com o terno da Colômbia, com 20 gols marcados. Viveu grande fase no início dos anos 90, especialmente em 1993, quando defendia o Parma. Neste ano, foi o sexto colocado na premiação de Melhor Jogador do Mundo pela Fifa. Ninguém alcança esse status por acaso. Tinha tudo para ser um dos maiores atacantes do futebol colombiano, mas os excessos fora de campo o atrapalharam. Chegou no Brasil carregado de expectativas e, apesar dos 13 gols em 51 jogos com o Palmeiras, não deixou tantas saudades assim. O mesmo ocorreu no Fluminense. E hoje é mais lembrado pelas confusões fora do campo do que pelas atuações dentro dele. 👤 Faustino Hernán Asprilla Hinestroza 👶 19/11/1969 (48 anos) 🏠 Colombiano 👕 Cúcuta Deportivo-COL, Atlético Nacional-COL, Parma, Newcastle-ING, Palmeiras, Fluminense, Atlante-MEX, Universidad de Chile, Estudiantes-ARG, Cortuluá-COL e Seleção Colombiana. 🏆 Copa da Uefa 95 e 99 e Copa da Itália 99 (Parma), Copa Interamericana 90 e Campeonato Colombiano 91 (Atlético Nacional), Torneio Rio-São Paulo 00 e Copa dos Campeões 00 (Palmeiras). 👑 Sexto melhor jogador do Mundo pela Fifa 93. 👔👔👔👔👔👔 Classômetro: 6,2 📷 Getty Images