O glorioso destino de Gonçalves
Marcelo Gonçalves, ou apenas Gonçalves, é o capitão que fez sua história no Botafogo de Futebol e Regatas e que comanda o JdT de hoje. A torcida do Botafogo dizia que Gonçalves já era ídolo antes de chegar no clube. Revelado nas categorias de base do Flamengo, o zagueiro ainda rubro negro fez um gol contra e ajudou o Botafogo a alcançar o empate em 1989. Mas, cair nas graças mesmo foi no ano seguinte, quando chegou ao Glorioso e conquistou um Campeonato Carioca logo de cara. No mesmo ano, partiu para o futebol mexicano, carimbando o nome no campeonato nacional. Na temporada seguinte, o jogador voltava para General Severiano para cumprir um feito histórico ao lado de Túlio Maravilha, Donizette e Gottardo: o Botafogo de 95 conquistava um campeonato Brasileiro com uma emocionante campanha e, vestindo o terno alvinegro, Gonçalves colocava seu nome no muro da fama do clube. Em 1997, o zagueiro seria o alvo da famosa reboladinha de Edmundo na partida entre Vasco e Botafogo pelo Campeonato Carioca, mas era Gonçalves quem acabaria levantando a taça do estadual naquele ano. As bolas rasteiras e os desarmes que definiam o bom desempenho do zagueiro rendeu a ele chances na Seleção Brasileira, sendo um dos nomes selecionados pelo técnico Zagallo. Gonçalves esteve nos títulos da Copa América e da Copa das Confederações de 1997 e entre os selecionados da Copa de 98, participando de dois jogos da campanha que resultou na derrota final para a França. Além do posicionamento em campo, sua marca registrada era uma longa cabeleira, que ficou para trás após uma promessa da equipe inteira de raspar a cabeça na Copa das Confederações. A carreira de jogador teve fim no Internacional em 1999, não sem antes jogar a final do Mundial Interclubes pelo Cruzeiro, quando Borussia Dortmund levou a melhor. Mas, quem tem tanta identificação com os gramados não se distancia assim tão facilmente e o ex-jogador ainda registrou participações como comentarista de programas esportivos e ainda atuação como diretor executivo de clube de futebol. Por que jogava de terno? A gente sabe que nem sempre os títulos correspondem ao tamanho dos craques, e Gonçalves se portava como tal. O zagueiro era peça decisiva e com muita postura em campo, suas bolas rasteiras rendiam tanto entusiasmo quanto seus desarmes. Capitão faz assim, não é? 👤 Marcelo Gonçalves Costa Lopes 👶 22 de fevereiro de 1966 (51 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Flamengo, Santa Cruz, Botafogo, Estudiantes Tecos, Cruzeiro, Internacional e Seleção Brasileira 🏆 Campeonato Brasileiro 87 (Flamengo) e 95 (Botafogo), Campeonato Mexicano 93/94 (UAG Tecos), Copa América e Copa das Confederações 97 (Seleção Brasileira) Classômetro: 👔👔👔👔👔👔 (6,4)
📷 Patricia Santos/Folhapress