A chuteira de ouro do Timbu
O Campeonato Pernambucano é uma fonte de futebol acalorado, de partidas e torcidas inflamadas e, com certeza, de ídolos. O classudo de hoje vem de chuteira dourada e é conhecido como Baiano, mas na verdade é um capixaba que marcou a história do futebol pernambucano. Na função de meia atacante, Baiano foi revelado na equipe capixaba Rio Branco e com 21 anos chegava ao Náutico, onde brilhou de 1983 a 1987. Antes disso, tinha passado por duas temporadas pelo Santa Cruz, quando chegou dizendo para o que veio e já disputando a artilharia do Campeonato Pernambucano com veteranos como Sena e Dadá Maravilha, sagrando-se artilheiro absoluto em 81, marcando 38 gols. Mas foi vestindo o terno do Timbu que o jogador encontrou seu auge. Foram 183 gols em cinco anos e conquistou bi-campeonato estadual, sagrando-se como artilheiro em mais uma oportunidade. Em 1982, depois de uma breve passagem pelo Fluminense, voltou ao alvirrubro e no mesmo ano levou o troféu de artilheiro do Brasil, com 40 gols, recebendo a chuteira de ouro da Adidas. Na ocasião, Zico (Flamengo) ficou com a de prata e Casagrande (Corinthians) com a de bronze. O jogador registrou ainda passagem no Central e no Sport Recife, onde encerrou a carreira sem o tamanho brilho que encontrou no Náutico. Mas sua carreira com seus contabilizados 318 gols o consagrou como um dos ídolos pernambucanos, sendo o maior goleador da história do campeonato com 206 gols. Por que jogava de terno? Além do faro de gol, "chuta com qualquer um dos pés sabe cabecear e não foge do pau" foi o que disse o técnico do Náutico na época, Pepe. Mesmo que não tenha se repetido nos outros clubes, o brilho de Baiano no Náutico garante o terno ao classudo. 👤 Valmeci José Margon 👶 14 de maio de 1952 (65 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Rio Branco, Santa Cruz, Náutico, Fluminense, Central e Sport. 🏆 Campeonato Pernambucano 84 e 85 👑 Chuteira de Ouro Adidas 82 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔 (6,1)