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Joga de Terno, mas descalço


Jorginho_Futebol_De_Areia

Verão: praia, sol, férias. Três palavras que certamente vêm no imaginário brasileiro logo que entramos na estação mais quente do ano. No mundo do futebol elas se aplicam melhor ainda: os classudos deixam os tapetes verdes de lado e degustam de um merecido deleite desse período sabático (muito embora alguns times já estejam se reapresentando nessa primeira semana de janeiro). É nesse clima veraneio que vamos buscar nosso classudo de hoje. E digamos que classudo é até pouco para designar nosso personagem. Mas desapegamos um pouco dos gramados e mudamos rapidamente de terreno: Saem os refletores, entra o sol; saem as gramas, entra a areia; o grito da torcida se mistura ao barulho do mar e da forte brisa praieira. Nosso craque surge e brilha nesse ambiente: Jorginho! Sim! Nosso homenageado de hoje é um craque das arenas do Futebol de Areia. Apesar de que hoje, a prática do “beach soccer” não se restringe somente à costa litorânea. Graças ao reconhecimento do esporte junto à FIFA, o Futebol de Areia foi conquistando não só o interior brasileiro como o mundo. Há não muito tempo, era só mais um passatempo de boleiros entre uma cerveja e outra, ou entre um mergulho no mar e outro. Essa profissionalização começou em 1992 – note: a profissionalização começou aí. Muito antes, o esporte já era praticado principalmente nas praias cariocas e santistas. Em 93 foi organizado o primeiro campeonato mundial, em Miami, vencido pelo Brasil. O Brasil, aliás, era um poder absoluto naquela época: o time base tinha grandes nomes que outrora jogaram nos gramados: Paulo Sérgio, Claudio Adão, Junior Negrão, Edinho e Júnior. Esses talvez fossem os grandes nomes do esporte até então. Mas, formados mesmo na praia, ainda eram poucos. E um deles era Jorginho. Nascido em Belém do Pará, o nosso classudo já vivia do Beach Soccer quando o ex-lateral do Flamengo o vira jogar. O levou para a seleção nacional para conquistar o mundo. Literalmente. Ao lado de nomes como os já citados e mais Benjamim e Neném, Jorginho virou sinônimo fácil do então novo esporte: objetivo, mas plástico, de pura beleza e arte. O terreno formado pelas deformidades da areia fofa da praia reserva muitos lances pelo alto, permitindo que os jogadores possam desfrutar de “acrobacias” muitas vezes amortecidas pelo próprio terreno. E Jorginho era exímio nesse quesito! Apesar da plasticidade – que no “futebol de grama” pode ser confundido com falta de objetividade – Jorginho é até hoje o quarto maior artilheiro da Seleção Brasileira. Além disso, é Octacampeão mundial pelo Brasil e foi eleito três vezes melhor jogador do mundo na modalidade. Jorginho marcou época na seleção e até hoje é lembrado pelo fã do esporte como um dos nomes maiores na modalidade. Ah, e ainda continua na ativa! Por que joga de terno? Jorginho fez parte da primeira geração da Seleção Brasileira de Futebol de Areia que, por mais de uma década, dominou o esporte. Seu talento era nato com forte poder de finalização, jogadas aéreas incríveis e os mais belos gols que a torcida se encantava em ver. Cracaço! 👤 Jorge Augusto da Cunha Gabriel 👶 17 de outubro de 1974 (43 anos) 🏠 Brasil 👕 Vasco, Cantazaro-ITA, Kristall-RUS e Seleção Brasileira de Futebol de Areia. 🏆 (principais): Campeonato Brasileiro de Futebol de Areia: 17; Copa Libertadores da América de Futebol de Areia: 16 e 17 (Vasco). Campeão da Copa América de Areia: 94, 95, 96, 97, 98, 99, 03, 12 e 13; Mundialito de Futebol de Areia: 96, 97, 98, 99, 00, 01, 04 e 11; Copa do Mundo de Futebol de Areia: 96, 97, 98, 99, 00, 02, 03 e 04. (Seleção Brasileira) 👑 Melhor jogador de futebol de areia do mundo: 99, 00 e 04; Bola de Ouro da Copa do Mundo FIFA de Beach Soccer: 99 e 04. Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔👔👔 (10)

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