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Ministro Costinha

A minha primeira participação no JdT não poderia começar de outra forma não sendo a escrever sobre um português que vive e jogava de terno. Costinha para além de usar o terno dentro de campo, fora dele também só usa terno e gravata. Um jogador que usavas as pernas para carregar o potente cérebro que fazia do seu jogo uma preciosidade para qualquer treinador que o comandasse. Mas engana-se quem pense que com isto quis dizer que tecnicamente era limitado. Longe disso. Ele tinha capacidades de passe e recepção evoluídas que permitiam fazer dele o primeiro homem de construção de jogo. Fez toda a sua formação no Oriental, clube de Lisboa. Magro e de estatura média, o Francisco Costa passou a chamar-se Costinha. E assim ficou até hoje. Talvez pela sua estrutura física, durante a sua formação juvenil e nos primeiros anos de profissional, Costinha não chamou a atenção dos maiores clubes portugueses. Nos primeiros três anos, não passou da segunda divisão portuguesa. Mas o rapaz tinha qualidade, e por mais debilidades físicas que ele tivesse, o seu jogo não enganava: era craque. Em 1997, sem nunca ter jogador na primeira liga portuguesa, transfere-se para o Mónaco. De um momento para o outro, vê-se a dividir o vestiário com Henry, Trezeguet, Barthez e Sagnol. As suas capacidades começaram a dar nas vistas. No jogo de despedida de Raí do Parque dos Príncipes, num jogo entre Mónaco e PSG, o brasileiro disse a Costinha: “nem no meu jogo de despedida me deixaste tocar na bola. Que jogaço”. E em jeito de admiração e reconhecimento, ofereceu a sua camisa ao português. Campeão no Mónaco em 1999, transfere-se para o Porto e foi lá, com esse terno vestido, que escreveu os melhores capítulos da sua carreira. Sob o comando de José Mourinho, Costinha foi peça chave da conquista da Taca UEFA, Champions e Taca Intercontinental. O ponto alto individual da carreira deste classudo foi em 2004, no estádio de Old Trafford. No último minuto de jogo, Costinha aproveita a defesa incompleta de Tim Howard e faz o golo que carimbou o acesso do F.C.Porto à fase seguinte da Champions League, Depois desse golo, veio a mítica e inesquecível corrida de festejo de Mourinho pela linha lateral. Nesse mesmo ano, o Porto acabaria por vencer a competição. Também na seleção portuguesa conseguiu brilhar, fazendo parte da mágica mas inglória seleção de 2004, de Scolari. Formou um dos mais saudosos meios campos da história do futebol português com um triângulo poderoso - Costinha, Maniche e Deco. Ao todo, foram 53 internacionalizações de quinas ao peito.

Depois do Porto passou pelo Dinamo de Moscovo, Atlético de Madrid e Atalanta, porém, nunca no nível que prometera no início da sua carreira. Por que jogava de terno? Um puro 6 difícil de voltar a encontrar nos dias de hoje, Costinha era o pendulo perfeito para balancear uma equipa. A sua Inteligencia táctica, perfeito no posicionamento, exímio no roubo bolas, elegante na forma como tratava a bola e com jeito para marcar golos no final do jogo, fazem de Costinha um Jogador de Terno. 👤 Francisco José Rodrigues da Costa 👶 1 de Dezembro de 1974 (43 anos) 🏠 Português 👕 Oriental (PT), Machico (PT), Nacional (PT), Mónaco (FR), Porto (PT), Dínamo Moscovo (RUS), Atlético Madrid (ES), Atalanta (IT) e Seleção Portuguesa. 🏆(principais) Campeonato Francês 99/00 (Mónaco); Campeonato Português 02/03 e 03/04, Taça de Portugal 02/03, Copa da UEFA 02/03, Liga dos Campeões da UEFA 03/04 e Mundial de Clubes 2004 (Porto). 👑 Sem títulos individuais de destaque Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 (5,6)

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