Chamem o delegado
Jogador, educador físico, formado em direito, delegado, preparador e auxiliar, técnico, gerente de futebol. O currículo de hoje no JdT é de Antonio Lopes. Antonio Lopes ensaiou uma carreira de jogador até desistir por não conseguir conciliar com os estudos. Ele se formou em Educação Física e Direito e atuava na polícia como comissário quando em 74 recebeu a visita de um preparador físico do Vasco para fazer parte da equipe. Atuou também na preparação da seleção brasileira campeã dos Jogos Panamericanos de 79, mas voltou para a delegacia após ser demitido do Clube da Colina por questões políticas. A trajetória do delegado como técnico começou oficialmente em 81, pelo Olaria, e seu primeiro grande clube seria justamente o Vasco da Gama. Lopes ainda registrou passagem pelo Flamengo, Fluminense, Sport, Portuguesa, Internacional (quando levou uma Copa do Brasil), Santos, Cruzeiro e Paraná, além de ter treinado seleções como Kwait e Costa do Marfim, antes de encontrar seu auge novamente no Vasco. Em 97 e 98, Lopes comandava o conhecido Esquadrão Imortal, que contava com nomes como Carlos Germano, Mauro Galvão, Pedrinho, Felipe, Juninho e Edmundo; e sagrou-se campeão Brasileiro, da Libertadores e do Carioca. O Mundial não veio, "foi brabo, foi muito triste. É um título que me falta, mas ir a uma final daquelas me encheu de orgulho e o jogo foi equilibrado". Para o técnico, valeu a experiência de um período que o levou a ser considerado o maior treinador da América Latina e o quinto maior treinador do mundo (IFFHS), além de consagrar-se como o treinador mais vitorioso da história do clube. Depois de ter o trabalho reconhecido internacionalmente, registrou passagem por mais alguns clubes como Grêmio, Atlético-PR, Goiás e ainda foi um dos técnicos que teve o Corinthians campeão do polêmico Brasileirão de 2005. E pode colocar aí a Copa do Mundo de 2002, na qual chefiava a comissão técnica dando suporte ao Felipão na conquista daquele pentacampeonato que ficou para a história. O técnico ainda migrou por diversos clubes sem repetir os grandes feitos que abrilhantaram um dia seu currículo, até se tornar gerente de futebol do Botafogo em 2014 - cargo que ocupa até hoje- e, mesmo enfrentando algumas críticas, foi premiado neste ano como melhor executivo do futebol brasileiro em 2016 pela Conferência Nacional do Futebol - Conafut. Por que treinava de terno? Antonio Lopes aplicava seus estudos na prática e, como o delegado que foi, atribuía as funções e fiscalizava todo o trabalho, para render os frutos que colhe. Mesmo que não tenha mantido o rendimento ao longo da carreira, a seriedade e a eficiência no trabalho, que o levaram ao auge e que ele ainda preza, o trouxeram para a nossa galeria de classudos hoje. 👤 Antonio Lopes dos Santos 👶 12 de junho de 1941 (76 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Olaria, América RJ, Vasco, Fluminense, Flamengo, Sport, Al Wasl Club, Portuguesa, Belenenses (POR), Santos, Al Hilal, Cruzeiro, Cerro Porteño (PAR), Paraná, Grêmio, Atlético-PR, Corinthians, Goiás, Avaí, Vitória, América MG, Seleção costa-marfinesa, kwaitiana e brasileira (direção técnica). 🏆 (principais) Copa do Brasil 92 (Internacional), Campeonato Brasileiro 97, Libertadores 98 (Vasco), Brasileiro 05 (Corinthians) e Copa do Mundo 02 (diretor técnico - Seleção Brasileira) 👑 Seleção Bola de Ouro Placar 81, 82, 86, 89, 98, 99; Melhor Treinador do Brasil 97 (CBF), Melhor Treinador da América do Sul e 5º Melhor do Mundo 98 pela IFHHS (Alemanha), Melhor treinador Placar 05. Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (6,9)
