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O titular da Copa de 58


Jogador de futebol Léo Briglia

O futebol, muitas vezes, produz enredos que duram para sempre. Quem nunca ouviu falar que o Pelé não seria titular da Copa de 58? Muitos, inclusive, agradecem que as circunstâncias tenham permitido que o maior jogador da história se apresentasse ao mundo daquela forma logo com 17 anos. Mas vocês sabem quem perdeu o posto? Quem seria o titular? Pois bem, hoje o JdT falará sobre Leo Briglia. Briglia nasceu no município baiano de Itabuna em 1928. Foi descoberto ainda adolescente pelo América Football Club - tradicional equipe do Rio de Janeiro e grandiosa naquela época -, quando atuava pela Federação Universitária Baiana de Esportes (FUBE). Fugiu para o Rio sem a permissão dos pais e só pôde jogar quando o então vice-presidente do América, que era também juiz, conseguiu colocar o menino sob sua responsabilidade jurídica. Em 1949, quando o América foi disputar uma partida na Bahia contra o Ilhéus, Briglia resolveu visitar sua família em Itabuna e de lá não mais retornou. Seu irmão, Eudes Briglia, lhe deu voz de prisão e ordenou sua permanência na cidade. Então, o jeito foi seguir jogando pelo Itabuna Esporte Clube e, posteriormente, no Colo Colo de Futebol e Regatas. Em 1956, recebeu a chance de jogar novamente no Rio de Janeiro, mas agora pelo Fluminense. No clube das Laranjeiras, onde ficou até o início de 1959, teve grande destaque, jogando 105 partidas e fazendo 57 gols. Na época, sofria a concorrência de nada mais nada menos que Waldo, o maior artilheiro da história do tricolor carioca. Suas grandes atuações o fizeram ser convocado para a Copa de 1958, pelo técnico Vicente Feola. Porém, foi cortado dezoito horas antes do embarque para a Suécia, porque seu ex-treinador do Fluminense havia declarado a um importante jornal da época que o joelho do atleta estava lesado e seus dentes tinham muitas cáries. Sobre seu corte, Leo Briglia disse certa vez: "Se eu fosse para a Suécia, o Pelé não iria brilhar porque não teria a oportunidade de jogar, pois a posição era minha e não lhe daria esta chance. Mas era pra ser Pelé e assim foi.” Em 1959, transferiu-se para o Bahia, onde viveu a melhor fase de sua carreira. Era o ano do primeiro campeonato nacional, antiga Taça Brasil, organizado pela também antiga CBD. O clube baiano brilhou e chegou a uma final “melhor de três” contra o Santos. Na primeira partida, em plena Vila Belmiro, o Bahia surpreendeu o Santos ao vencer por 3 a 2. No segundo confronto na Fonte Nova, perdeu por 2 a 0, mas venceu a partida decisiva em campo neutro e sagrou-se o primeiro campeão da Taça Brasil de 1959, derrotando o time de Pelé por 3 a 1 na final no Maracanã. Leó, que havia marcado gols em todas as partidas, fez um golaço na decisiva e consagrou-se artilheiro do campeonato. No dia 25 fevereiro de 2016, Briglia faleceu após internação hospitalar em Itabuna, aos 87 anos. Por que jogava de terno? Briglia era um atacante nato, que fazia gols importantes e jogava ainda melhor em momentos decisivos. Deu o primeiro título brasileiro ao Bahia e talvez, por conta dos enredos imprevisíveis e irremediáveis do futebol, poderia ter sido um dos destaques da campanha vitoriosa da seleção brasileira na Suécia em 1958. 👤 Leo Briglia 👶 29 de agosto de 1928 - faleceu em 25 de fevereiro de 2016, aos 87 anos 🏠 Brasileiro 👕 América Football Club, Itabuna Esporte Clube, Colo Colo de Futebol e Regatas, Fluminense e Bahia 🏆 Campeonato Brasileiro de 1959 👑 Artilheiro do Brasileiro de 1959 Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 👔(7,5)

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