top of page

Sangue Colorado


Certamente a identificação por um clube e a conquista de títulos importantes são critérios para se dizer consagrado vestindo determinado terno. Por isso mesmo, Marcos Antônio de Lima, o “Índio”, pode se dizer que é pelo Internacional. Ao longo de quase dez anos vestindo a camisa colorada, Índio chegou ao Internacional de Porto Alegre numa fase em que passava por jejum detítulos pesados. O zagueiro chegou ao time gaúcho em 2005, por indicação do então técnico Muricy Ramalho. Antes disso, Índio penou. Do interior de São Paulo, era cortador de cana em sua cidade natal, Maracaí. Aos 19 anos, foi convidado a fazer um teste no Novorizontino. Teste feito e aprovado, jogou a série C de 95 pelo time paulista. A partir daí, o zagueiro zanzou por times tanto de São Paulo quanto outros times de menor porte do Brasil, como Figueirense e América Mineiro. O fato de não ter se firmado em nenhum, passou pela lesão séria no tornozelo, quando jogava pelo Bragantino. Afastado por seis meses do tapete verde, Índio pensou seriamente em deixar a ainda nova carreira de jogador. Mas não deixou. Recuperado, continuou a vestir ternos e mais ternos no Brasil. Depois de uma passagem de 14 jogos pelo Meca de Minas, o zagueiro desembarcou no Juventude. Não ia muito bem e foi emprestado para o Palmeiras. Longe de ser um jogador de destaque, retornou ao Juventude. Em baixa, o moral do jogador deve ter dado uma guinada quando Muricy indicou sua contratação apontando ser “um potencial reforço”. Agora sim, deu certo: Índio conseguiu se identificar com a torcida, mostrou raça e ergueu taças: a de 05 foi a do Gauchão e em 06 duas das mais importantes: A Libertadores e o Mundial de clubes. Na segunda, Índio protagonizou passagens marcantes: na final, fraturou o nariz, mas continuou na partida e deu início ao lance que culminaria no gol de Adriano Gabiru, na vitória por um a zero contra o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, Messi, Ett’o e Deco. Ao longo de sua carreira pelo Inter, Índio se firmaria na zaga, conquistaria outros títulos e ultrapassaria uma marca significativa: a de mais gols para um jogador da posição. Passou a lenda Elías Figueroa, para muitos, o maior zagueiro da história dos gaúchos. Por que jogava de terno? Índio foi um multicampeão pelo Internacional. E fazer parte de um plantel vitorioso como a do Inter foi preciso classe. Zagueiro de vigor físico era presença certa na área adversária em cruzamentos. Deu certo, já que marcou 33 vezes com o terno colorado, o deixando líder isolado como zagueiro-artilheiro por lá. 👤 Marcos Antônio de Lima 👶 14 de fevereiro de 1975 (42 anos) 🏠 Brasil 👕 Novorizontino, Bragantino, Santo André, Figueirense, Botafogo-SP, América-MG, Juventude, Palmeiras e Internacional. 🏆 Títulos principais: Copa Sul Americana: 08; Copa Libertadores da América: 06 e 10; Mundial de Clubes: 06 (Internacional) 👑 Bola de Prata do Campeonato Brasileiro de 2006. Classômetro: 👔👔👔👔👔👔 (6,5)

bottom of page