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Mesmo com medo de avião, voava


Cicinho tem medo de avião. E essa fobia pode se tornar um pesadelo para quem é jogador de futebol; afinal, o aeroporto é rotina quando se vai jogar na casa do adversário. Dennis Bergkamp também tem medo de avião, inclusive já declarou que jamais será técnico do Arsenal por conta disso. Mesmo assim Bergkamp foi o craque que todos conhecemos. Cicinho não. O que atrapalhou Cicinho a alçar voos mais altos, porém, não foi o avião. E é sobre isso que vamos contar hoje no JdT. Revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto, foi contratado em 2001 pelo Atlético-MG e fez escala no Rio de Janeiro por 1 temporada para defender o outro Botafogo. Voltando a Belo Horizonte se tornou ídolo da torcida com ótimas atuações pela lateral-direita. Chamou a atenção do São Paulo, que o contratou em 2004. Foi quando começou a ser convocado para a Seleção Brasileira. Era visto como o substituto ideal para o veterano Cafu. Na Copa das Confederações de 2005 foi o titular da campanha que levou ao título. Na final, voou em campo participando ativamente dos 4 gols na goleada por 4x1 contra a Argentina. A partir dali Cicinho se confirmava como um dos melhores laterais do país, sua carreira já havia deslanchado de tal modo que um grande clube europeu já não era mais nenhum sonho distante. Real Madrid. Junto ao times dos "galáticos", Cicinho fez boas atuações entre 2006 e 2007, mas o desentendimento com o então técnico Bernd Schuster e o início das várias lesões o fizeram perder altitude. Coincidência ou não, foi nessa época que começou a beber muito, mas como a fase era boa isso mal era notado. Se tornou alcóolatra. Algo que não condiz com um perfil de atleta. Cicinho vivia agora sua fase mais turbulenta da carreira. Ainda que depois conseguisse jogar em outros grandes clubes não se firmou mais em nenhum. Bebidas. Lesões. Depressão. Retornou ao São Paulo pedindo ajuda aos psicólogos do clube. Com o apoio da esposa, fé e força de vontade se recuperou e parou de beber. Agora a vontade era só de jogar futebol. Em 2016 encerrou um ciclo de 2 anos na Turquia. E deseja voltar ao Brasil para encerrar a carreira. Por que joga de terno? Muito veloz e técnico, Cicinho despontou no futebol brasileiro como um dos grandes nomes da década passada. As lesões e problemas com álcool, porém, não o permitiram ser maior do que poderia ter sido. Quem o via jogar sabe que isso seria possível. Aos 37 anos, depois de sair da Turquia, Cicinho afirma que ainda pode jogar em alto nível por mais 2 anos e aguarda novo contato para assinar com algum clube no Brasil, onde deseja encerrar a carreira. De preferência onde possa viajar de ônibus. 👤 Cícero João de Cézare 👶 24 de junho de 1980 (37 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Botafogo-SP, Atlético-MG, Botafogo, São Paulo, Real Madrid, Roma, Roma, Villareal, Sport, Sivasspor e Seleção Brasileira 🏆 Copa Libertadores da América 05 e Mundial de Clubes da FIFA 05 (São Paulo); Campeonato Espanhol 05/06 (Real Madrid); Copa da Itália 07/08 (Roma); Copa das Confederações 05 (Seleção Brasileira) 👑 Líder em assistências do Campeonato Brasileiro 04 (13 assistências), Bola de Prata 05, Seleção da Copa Libertadores da América 05, Seleção das Américas 04 e 05 (El País), Melhor Lateral do Brasileiro: Troféu Armando Nogueira 12, Seleção da Super Liga Turca 14, Líder em assistências da Super Liga Turca 14 (14 assistências) Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 (6,7)

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