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Um ícone do futebol mineiro


futebol América Mineiro

Exímio centroavante, artilheiro, ídolo. Com a camisa verde e preta tornou-se inesquecível. Um dia Jairzinho, eternamente Jair Bala. “Se Jair fosse simplesmente Jair, estaria apodrecendo na obscuridade. A toda hora, em toda parte, nós esbarramos, nós tropeçamos num Jair qualquer. (…) Desde o primeiro minuto do jogo, foi uma arma apontada para o peito do inimigo. E todos percebemos que nunca um Jair fora tão bala. É a autenticidade dos apelidos, que nunca existe nos nomes”. (Nelson Rodrigues) Em 1963 o cronista Nelson Rodrigues também se rendeu ao talento do classudo. Mas o apelido veio antes do sucesso. A história curiosa aconteceu em 1960, quando o atacante jogava pelas categorias de base Flamengo. Certo dia, foi ao escritório do clube cobrar o “bicho”. Um funcionário, empunhou uma arma para, numa brincadeira, fazer o garoto mudar de ideia. Porém, ao abaixar o revólver, houve um disparo acidental e a bala acertou a coxa esquerda do jovem jogador. Sem riscos, os médicos optaram por não retirar o projétil. Foi aí que o Jairzinho virou Jair Bala. Antes de chegar em Minas Gerais e se tornar um dos jogadores mais respeitados do estado, o atacante nascido em Cachoeiro do Itapemirim vestiu o terno de grandes clubes brasileiros, sendo companheiro de craques inesquecíveis. Na base rubro-negra jogou ao lado de Gérson. Pouco tempo depois transferiu-se para o Botafogo e atuou com Garrincha, Nilton Santos e Zagallo. Quando chegou ao Palmeiras fez dupla com Ademir da Guia. No Santos substituiu Pelé após o rei marcar o seu milésimo gol. Mas foi no América- MG que o classudo cravou o seu nome na história. Jair Bala teve duas passagens pelo Coelho, a primeira entre 1964 e 1965 e a segunda entre 1970 e 1971. Nas duas oportunidades conquistou a artilharia do Campeonato Mineiro e na segunda sagrou-se campeão invicto. Ao todo, marcou 78 gols em 144 jogos com o manto americano. Habilidoso, Jair Bala aterrorizava as defesas adversárias com seus gols de bicicleta. Após o primeiro ano no América-MG, o classudo foi vendido ao Comercial de Ribeirão Preto por 50 milhões de cruzeiros, protagonizando na época, uma das maiores transações do futebol brasileiro. Por que jogava de terno? Jair Bala driblava com velocidade, esbanjava técnica e era um ótimo finalizador. Excelente atacante, dava dor de cabeça aos goleiros adversários. Até hoje é um dos jogadores mais queridos do futebol mineiro e é considerado o maior jogador da história do América. Além disso é o artilheiro do estádio Independência com 25 gols. Um craque que marcou gerações. 👤 Jair Félix da Silva 👶 10 de maio de 1943 (74 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Flamengo, Botafogo, América-MG, Comercial de Ribeirão Preto, Palmeiras, XV de Piracicaba, Santos e Paysandu 🏆 (principal) Campeonato Mineiro 71 (América-MG) 👑 Sem premiações individuais de destaque. Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (7,0)

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