Waldir Peres
O segundo jogador que mais vestiu a camisa do São Paulo Futebol Clube faleceu nesse domingo dia 23/07. Hoje o Joga de Terno presta uma homenagem a esse jogador que marcou uma geração tricolor, além de ser titular em uma das melhores seleções brasileira de todos os tempos. Waldir faz parte de dois grandes recordes da história do São Paulo. Com ele em campo, entre 74 e 75 o Tricolor do Morumbi alcançou sua maior marca de invencibilidade da história do clube: 47 partidas. Na temporada de 75 o São Paulo alcançou outro recorde marcante, a menor média de gols tomados pela equipe até os dias de hoje, menos de 0,56 gols por jogo. Sua história vai muito além do São Paulo, na seleção brasileira participou de três Copas do Mundo, sendo em 74 e 78 banco de reservas de Leão e em 82 titular no esquadrão que viria ser eliminado para a Itália de Paolo Rossi em um jogo que ficaria marcado para sempre na memória de todo brasileiro que viveu aquela época. Esse jogo contra a Itália foi sua única derrota com a camisa da seleção canarinho sendo titular da equipe. Waldir Peres surgiu para o profissional na Ponte Preta em 1970 e ficou lá até 73. Foi contratado pelo São Paulo e na sua apresentação o diretor Dallora, falando a imprensa, disse que o jogador era tímido e meio assustado com a cidade grande. Mas ao contrário do que disse o diretor, já na primeira entrevista Waldir Peres se mostrou um homem firme em suas opiniões e muito humilde, característica que sempre o marcou. Seus dois primeiros títulos pelo São Paulo foi decidido em decisões por pênalti. O primeiro no Paulista de 75 o goleiro são-paulino espalmou as cobranças de Dicá e Tatá para longe do gol já nas duas primeiras cobranças. Com Wilsinho isolando a bola na cobrança seguinte e o tricolor convertendo as suas três cobranças, o São Paulo sairia campeão daquele ano. Em 1977 a decisão do campeonato brasileiro foi no Mineirão contra o favorito Atlético-MG. Jogo com campo pesado ajudou o São Paulo a segurar o time mineiro que tinha melhor qualidade na hora do passe. Nos pênaltis Waldir Peres se destacou por um motivo peculiar, a catimba. Waldir catimbou tanto que em fotos famosas do jogo você pode ver o goleiro zombando e até dando uma apalpadinha na bunda do jogador adversário na hora de arrumar a bola na cal. O goleiro nascido no interior de São Paulo ainda ficaria no clube do Morumbi longos anos, até se transferir para o América do Rio de Janeiro em 84, e nos anos seguintes mudando de clube praticamente todos os anos até se aposentar em 89 no seu clube formador. Por que jogava de terno? Goleiro extremamente técnico e seguro. Não era dos mais elásticos como Manga ou Leão, mas foi muito importante e é referência até hoje na formação de goleiros. Foi detentor do recorde de mais jogos com a camisa do São Paulo, tendo entrado em campo 615 vezes. Esse recorde foi superado somente em 2005 por Rogério Ceni. Outro detalhe importante na carreira de Waldir é ser um dos poucos goleiros no Brasil a ganhar um prêmio de bola de ouro na premiação da revista Placar. Esse fato ocorreu no ano de 1975, época de grandes craques no futebol brasileiro. 👤 Waldir Peres de Arruda
👶 2 de janeiro de 1951
🏠 Brasileiro
👕 Ponte Preta, São Paulo, América-RJ, Guarani, Corinthians, Portuguesa, Santa Cruz, Ponte Preta e Seleção Brasileira
🏆 Campeonato Brasileiro 77 (São Paulo), Copa Roca 76 (Seleção Brasileira)
👑 Bola de Prata 75 (Placar), Bola de Ouro 75 (Placar)
Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (7,2)