Müller, o vencedor
Luis Antônio Corrêa da Costa, este é o nome de Muller. O jogador que naquele 12 de dezembro de 1993 marcou o tento da vitória que consagrou o São Paulo bicampeão mundial. Com um toque de calcanhar, quase sem querer, a bola rolou mansamente para as redes guardadas pelo Milan. Um gol inesquecível para a carreira tão vitoriosa do nosso classudo de hoje. Um dos componentes dos “Menudos do Morumbi” que jogavam futebol como música, como arte. Um atacante que reinventou-se no decorrer da carreira, sendo veloz pela ponta-esquerda e um garçom generoso pelo centro do campo. A história de Muller no futebol começou no São Paulo, onde é ídolo eterno. Entre idas e vindas como jogador do tricolor paulista, marcou seu nome na história do clube. Impressionou entre 85 e 87, quando ainda jovem, era imprescindível para abrir as defesas adversárias pelos flancos. Impressionava a sinergia que ele, Careca e Silas tinham em campo, que resultava em belas jogadas e conquistas épicas. Depois de uma passagem pelo futebol italiano, Muller voltou ao Morumbi. Usando o terno de número 7, Muller fez parte de uma das gerações mais vencedoras do time com a conquista de mais um Campeonato Brasileiro e o bicampeonato da Libertadores e Mundial, em 92 e 93. Cada vez mais maduro e inteligente enquanto desfilava nos tapetes verdes, o currículo do nosso classudo ficava cada vez mais cheio de títulos, mas ainda viriam mais. Foi para o Japão, ficou pouco tempo e voltou ao Brasil. Agora no Palmeiras, Muller era um dos cérebros da equipe que contava também com Djamilnha, Rivaldo e Luizão. Nosso classudo que era imparável quando começava a correr, também fazia a bola correr. Toques refinados na bola, deixavam os companheiros de frente pro gol para marcar. Não continuou no Palmeiras por um imbróglio na renovação e voltou ao São Paulo. Desta vez sem o mesmo sucesso das passagens anteriores. Mas a carreira de Muller no futebol ainda estava longe de terminar. Voltou à Itália, jogou no Peruggia, mas sua praia mesmo era o Brasil. Melhor ainda se fosse em Santos. Segundo ele, a melhor temporada da sua carreira individualmente foi em 97 e 98 com o terno do peixe. Não vieram títulos, mas o futebol vistoso que apresentava enchia os santistas de orgulho. Agora quase um veterano, nosso classudo fechou contrato com o Cruzeiro. Em Minas continuou seu íma para as taças e é lembrado com carinho pela China Azul. Já com 35 anos, a carreira do nosso classudo enfim se declinava. Depois de aposentado, passou por um perrengue financeiro. Precisou da ajuda de parceiros que fez no futebol para voltar a vida pros trilhos. Foi comentarista do Campeonato Brasileiro da série B pelo Sportv até 2014. Atualmente, é gerente de futebol do Sete de Setembro, time de Mato Grosso do Sul. Por que jogava de terno?
Aos 18 anos Muller foi convocado para a Copa de 86 por Telê Santana. A promessa de que seria um classudo se concretizou. Tanto que participou da Copa de 90 e 94 e poderia ter jogado também a de 98. Sua velocidade no início da carreira, aliado a inteligência em campo que a maturidade lhe ofereceu, o fizeram um jogador vitorioso e ídolo por onde passou. 👤 Luis Antônio Correa da Costa 👶 31 de janeiro de 1966 (51 anos) 🏠 Brasileiro 👕 São Paulo, Torino, Kashiwa Reysol (JAP), Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Corinthians, São Caetano, Portuguesa e Seleção Brasileira. 🏆 (principais) Campeonato Brasileiro 86 e 91, Libertadores 92 e 93, Mundial Interclubes 92 e 93 (São Paulo); Copa do Brasil 00, Copa Sul Minas 01 e Recopa 08 (Cruzeiro); Copa do Mundo 94. 👑 Bola de Prata 97 e Melhor atacante da América (El Pais) 94. Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (7,5)