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O capitão de 96 e a glória improvável


O Cruzeiro é um dos clubes brasileiros mais copeiros dos anos 90. A história vitoriosa, escrita em páginas heroicas e imortais, conta com personagens inesquecíveis. Entre eles está um dos maiores laterais que já vestiu a camisa celeste. O JdT de hoje relembra a carreira de Nonato, o eterno capitão de 96. Raimundo Nonato nasceu em Mossoró, no Rio Grande do Norte e iniciou sua carreira no Baraúnas, time da sua cidade natal. Apesar de destro, Nonato jogava pelo lado esquerdo do campo com muita facilidade. O lateral passou ainda pelo ABC de Natal e pelo Pouso Alegre (MG), até chegar à Toca da Raposa, em 1990. Foram sete anos defendendo a camisa celeste. No seu primeiro ano como titular da equipe já levantou o troféu da Supercopa de 91, quando o time mineiro bateu o River Plate por 3x0. A partir daí, o eterno camisa 6 emplacou uma série de conquistas, entre elas o tricampeonato da Copa do Brasil. O Palmeiras dos anos 90 era uma verdadeira máquina de jogar futebol. Nonato, Marcelo Ramos e cia, tinham a difícil missão de vencer o Verdão dentro do Palestra Itália depois do empate por 1x1 no Mineirão. O Cruzeiro tinha que vencer dentro de campo e ainda calar uma grande maioria que dava como certa a vitória palmeirense. E o fez. De virada, Marcelo Ramos garantiu o triunfo e o capitão Nonato levantou o caneco. O lateral foi peça fundamental desta conquista, sendo um verdadeiro líder dentro e fora dos gramados. O dono da lateral esquerda seria ainda campeão da Libertadores vestindo o terno da equipe mineira. Nonato era titular incontestável da equipe que venceu o Sporting Cristal e consagrou-se bicampeão do torneio continental. Após anos vitoriosos em Minas Gerais, o lateral seguiu para o Rio de Janeiro, onde atuou pelo Fluminense. O clube carioca enfrentava sérios problemas administrativos e financeiros e acabou sendo rebaixado. Teve ainda passagens pelo Etti (atual Paulista) e por clubes do interior mineiro, até retornar à sua terra natal. Nonato pendurou as chuteiras em 2002, no ABC. Por que jogava de terno? Colecionador de troféus com a camisa cruzeirense, foram quase 400 jogos e 23 gols marcados. Nonato dominava a lateral esquerda, com muita disciplina na marcação e facilidade para cadenciar as jogadas. Era um bom cobrador de faltas e exercia uma liderança impecável junto aos seus companheiros. O craque, que saiu do nordeste para alcançar o sonho de ser jogador de futebol, tornou-se referência na sua posição e ídolo da torcida celeste. 👤 Raimundo Nonato da Silva 👶 23 de fevereiro de 1967 (50 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Baraúnas, ABC, Pouso Alegre, Cruzeiro, Fluminense, Etti Jundiaí, Vila Nova, Ipatinga e América de Natal 🏆 (principais) Copa Libertadores da América 97, Copa do Brasil 93 e 96, Campeonato Mineiro 92, 94, 96 e 97 (Cruzeiro) 👑 Sem títulos individuais de destaque Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 (5,9)

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