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Olê, Marques


Nós, apaixonados pelo futebol, buscamos sempre eleger ídolos e heróis em nossos times do coração. Os títulos, via de regra, são pré-requisitos para um jogador se tornar referência histórica de um grande clube. Contudo, a imprevisibilidade do esporte oferece estórias de identificação e paixão mútua entre um grande jogador, um clube e sua torcida, para além de títulos. É o caso de Marques, o xodó da torcida do Atlético-MG. Está entre os 10 maiores artilheiros do Galo e o seu último gol com o terno alvinegro foi emocionante. Ele sacramentou o título do Campeonato Mineiro de 2010 e comemorou fazendo de sua camisa alvinegra uma bandeira.

As primeiras partidas de Marques com o terno alvinegro já entusiasmaram a torcida. Fez duplas de ataque memoráveis. Primeiramente, com Valdir Bigode para a conquista da Conmebol de 97. Anos depois, em 99, seu parceiro de ataque era Guilherme - outro ídolo da torcida atleticana. Esta dupla era uma sintonia perfeita e rendia muitas vitórias ao clube. Graças às assistências e aos gols do nosso classudo, o Galo chegou a final do Brasileirão de 99, perdendo para o Corinthians depois de jogos emocionantes.

Em 02, Marques encerrou sua primeira passagem no Atlético-MG e foi jogar no Japão. Voltou na temporada de 05, para tentar salvar o time da queda para a série B. Mesmo atuando bem, o ídolo não salvou a péssima campanha daquele ano e o Galo acabou rebaixado. A torcida ficou triste não só pelo rebaixamento, mas também por ver o xodó retornar para Ásia.

Lá do Japão, a saudade de estar com o terno preto e branco apertava no peito de Marques e, por isso, voltou mais uma vez para sua casa. Era ano do centenário do Atlético-MG e o atacante foi um dos presentes para aquela temporada especial. Foi neste ano que o classudo entrou no top 10 de artilheiros da história do clube mineiro. São 386 jogos e 133 gols feitos, sendo o jogador que mais jogou pelo Galo em Campeonatos Brasileiro. Curiosamente, foi o dele o 1000º gol do clube mineiro em Brasileirões.

É indiscutível que a história de Marques no futebol é no Atlético Mineiro. Porém, vale o registro que o atacante revelado no Corinthians, com passagens pelo São Paulo, Flamengo e Vasco, também teve a honra de vestir a camisa da Seleção Brasileira, em alguns amistosos e jogos das Eliminatórias.

Mas nenhum outro terno lhe serviu tão bem quanto a camisa listrada em preto e branco do Galo.

Por que jogava de terno?

Marques foi um atacante veloz e habilidoso, com uma capacidade de servir os companheiros que impressionava. Pela ponta esquerda, nosso classudo aterrorizava seus marcadores com dribles curtos e o famoso corta-luz que fazia a torcida vibrar. Tem uma identificação ímpar com o Galo e é ídolo dos torcedores alvinegros.

👤 Marques Batista de Abreu

👶 12 de fevereiro de 1973 (44 anos)

🏠 Brasileiro

👕 Corinthians, Flamengo, São Paulo, Vasco, Nagoya Grampus (JAP), Yokohama Marinos, Atlético-MG e Seleção Brasileira

🏆 (principais) Copa do Brasil 95 (Corinthians); Campeonato Carioca 96 e 03 (Flamengo e Vasco, respectivamente), Campeonato Mineiro 99, 00 e 10, Copa Conmebol 97 (Atlético-MG).

👑 Sem premiações de destaque

Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (6,5)

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