Herói na Lusa, desconhecido em Madrid e artilheiro tricolor
Não são raros os casos dos classudos que falamos, aqui na página, que tiveram carreiras que podem ser consideradas verdadeiras montanhas russas. O de hoje é um deles. Rodrigo Fabri é lembrado por uma época de uma Portuguesa gigante, mas por passagens discretas na Europa, e redenção no Grêmio.
Rodrigo ficou conhecido naquela portuguesa vice-campeã do paulista 95 e, mais tarde, vice-campeã nacional em 96. Foi seu auge, conquistando a bola de prata da revista placar e a oportunidade de jogar pela seleção nacional.
A ascensão de Rodrigo despertou interesse dos europeus, após mais um bom ano pela Lusa, em 97. Entre Lázio, La Coruña e Real Madrid, ganhou a preferência os madrilenhos. Mas, não foi em 98 que Rodrigo embarcou na cidade espanhola. O time preferiu emprestá-lo ao Flamengo. Mesmo ao lado de Romário, o time não era tão bom e com o baixinho por lá, perdeu o destaque que tinha na Portuguesa.
A fase não era boa pro rubro-negro. Respingou, claro, em Rodrigo que, campeão da Copa das Confederações em 97, na reserva, era cotado pra ir à Copa no ano seguinte. Mas perdeu prestígio e não foi convocado por Zagallo.
Finalmente, em 99, o meia campista apareceu em Madrid. Mas voltou ao Brasil, dessa vez, para jogar no Santos. Sem qualquer lembrança significativa na Vila, retornou à capital espanhola para, dessa vez, ser emprestado para o Real Valladolid. Lá sim, o jogador brasileiro conseguiu boa sequência e foi consagrado como jogador revelação de La Liga. Mas não o suficiente para o outro Real, o mais poderoso, querê-lo de volta. Foi jogar em Portugal, no Sporting e desapareceu.
Até retornar ao Brasil, pelo Grêmio. Em 01 sofreu com lesões e condicionamento físico. Quando conseguiu se firmar na equipe, em 2002, perdeu pênalti decisivo na Libertadores, sacramentando a eliminação dos tricolores diante o Olimpia, em plena semi-final no estádio Olímpico, em Porto Alegre.
Entretanto, deu a volta por cima no Brasileirão de 02: já adotado o sobrenome Fabri, Rodrigo fez uma ótima sequência, conquistou a torcida e em três jogos diferentes teve oportunidade de fazer hat-trick, o que o possibilitou a ser um dos artilheiros do campeonato daquele ano.
A boa fase novamente o levou à Espanha: O Real Madrid, ainda detentor de seus direitos, o transferiu para o Atlético de Madrid, logo após a disputa de Libertadores de 2003. Nova decadência e na temporada seguinte voltou ao Brasil, trocando de atléticos. Dessa vez, o mineiro, que estava em péssima fase: quase caiu em 2004 e no ano seguinte, com salários atrasados, alguns jogadores fizeram greve, Liderados por Fabri. O Galo cairia para a B e Rodrigo Fabri saiu pelas portas do fundo.
Restando um fio de esperança para retornar ao bom futebol, foi contratado pelo São Paulo, que em 06 seria campeão, mas sem qualquer participação significativa de Fabri. Passou a sumir dos treinos e foi dispensado. Dai passou por pequenos times do interior paulistas, Figueirense e se aposentar, em 09, pelo Santo André, rebaixado a B.
Por que jogava de terno?
Em seu auge, Rodrigo Fabri destoava no Brasil. Fosse pela Portuguesa ou fosse pelo Grêmio. Além de bom armador, era matador, conquistando a artilharia de do Brasileiro de 02 junto a Luiz Fabiano. Mas não foi muito. Desprezado pelo Real Madrid, foram poucas as vezes que Fabri pode apresentar seu bom futebol...
👤 Rodrigo Fabri
👶 15 de janeiro de 1976
🏠 Brasileiro
👕 Portuguesa, Real Madrid, Flamengo, Santos, Real Valladolid, Sporting, Grêmio, Atlético de Madrid, Atlético Mineiro, São Paulo, Paulista, Figueirense, Santo André e Seleção Brasileira.
🏆 Campeonato Catarinense: 08 (Figueirense); Campeonato Brasileiro: 06 (São Paulo) e Copa das Confederações: 97 (Seleção Brasileira).
👑 Bola de Prata da Revista Placar: 96, 97 e 02
Classômetro: 👔👔👔👔👔 (5)