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Dida, o homem de gelo


Hoje é o Dia do Goleiro e o JdT quer fazer reverência a todos que atuam ou atuaram nesta ingrata posição do futebol. Mais que isso, abrimos nosso tapete verde para homenagear um dos goleiros mais vencedores do mundo: Nelson de Jesus Silva, o Dida. Conhecido por sua frieza debaixo das traves, nosso classudo de hoje era especialista em defender pênaltis. Ídolo incontestável de Cruzeiro, Corinthians e do Milan, sua concentração impressionava porque durante a partida sua fisionomia não mudava. Entrava em campo somente para uma coisa: fazer de tudo pro adversário não marcar.

Dida começou a se destacar logo cedo no Vitória, quando participou da melhor campanha do clube no Brasileirão. Foi um milagreiro no Cruzeiro para a conquista da Libertadores de 97. No Corinthians foi o protagonista da conquista do primeiro Mundial Interclubes. Está na história do Milan depois de defender o terno rubro-negro por oito anos e conquistar a Champions League duas vezes. Defendeu a Seleção Brasileira por quase 20 anos, disputando três Copas do Mundo. Impressionante, não?

O incrível é que com mesmo todos seus milagres e títulos, Dida nem sempre tem sua grandiosidade lembrada. Talvez por sua personalidade mais reservada, sua história quase sempre é contada apenas como um grande pegador de pênaltis. Não é tão divulgado, por exemplo, que nosso classudo é o terceiro goleiro que mais defendeu o terno verde-amarelo do Brasil, atrás apenas de Taffarel e Gilmar.

Deve ser lembrado ainda por ser o primeiro goleiro brasileiro a fazer história em um grande clube na Europa. A primeira passagem pelo velho continente foi conturbada, quando foi emprestado ao Lugano da Suíça depois de uma confusão na justiça entre Dida e o Cruzeiro. O pivô do problema: o Milan. Exatamente o time que o goleiro tornou-se ídolo alguns anos depois. Nos seus 302 jogos na equipe rossoneri, chegou a ser eleito o melhor goleiro do mundo pela FIFPro.

A vitalidade de Dida foi impressionante durante a sua carreira. Aos 40 anos ainda defendeu o terno tricolor do Grêmio e teve grandes atuações. Inclusive defendendo três pênaltis em jogo de mata a mata da Copa do Brasil contra o Corinthians.

Por que jogava de terno?

Na hora da cobrança de pênalti, na marca do cal, o batedor que via Dida no gol já aumentava a tensão. Com ele na meta, o espaço entre as traves pareceria menor. Fruto da sua frieza que aguardava até o último segundo antes da cobrança para escolher qual lado pular. Mais que isso, venceu os maiores títulos do futebol mundial. Sem dúvida será classudo eterno e inesquecível debaixo das traves.

👤 Nelson de Jesus Silva (Dida)

👶 7 de outubro de 1973 (43 anos)

🏠 Brasileiro

👕 Vitória, Cruzeiro, Lugano, Corinthians, Milan, Portuguesa, Grêmio, Internacional e Seleção Brasileira.

🏆 Copa do Brasil 96, Copa Libertadores 97 (Cruzeiro); Campeonato Brasileiro 99, Copa do Brasil 02, Mundial Interclubes 00 (Corinthians); Campeonato Italiano 03/04, Copa da Itália 02/03, Champions League 02/03, 06/07; Copa das Confederações 97 e 05, Copa América 99 e Copa do Mundo 02 (Seleção Brasileira).

👑 Bola de Prata 93, 96, 98 e 99; Melhor goleiro do Campeonato Italiano 04; Melhor goleiro do mundo 05.

Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (8,7)

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