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Leandro: flamenguista até morrer


"Não tem Zico, Júnior, não tem ninguém. Flamenguista, rubro-negro, que encarnava quando vestia a camisa, era o Leandro". A frase em questão foi dita por George Helal, presidente do Flamengo entre 1984 e 1986, mas que viu toda a "geração de ouro" da Gávea crescer entre o fim dos anos 70 e começo dos 80: inclusive, é ele o responsável pela não dispensa de Zico em sua chegada ao clube. Há quem possa discordar de Helal, mas sua afirmação não é nenhuma aberração.

José Leandro de Souza Ferreira nasceu em Cabo Frio, região dos Lagos do Rio de Janeiro. Com 17 anos de idade chegou as categorias de base do Flamengo, clube que sempre amou desde criança, sem saber que permaneceria ali ao longo de toda sua carreira, que duraria 15 anos. Leandro permaneceu na base entre 1976 até meados de 1978 quando, enfim, subiu aos profissionais. E para não sair mais.

Já em 1978 ganhou seu primeiro título com o terno rubro-negro: o Campeonato Carioca. Fato que se repetiria outras quatro vezes. Era o começo da era gloriosa do Flamengo e, para além dos títulos estaduais, vieram os primeiros títulos Brasileiros e Continentais. Leandro era peça vital no escrete que não sai da cabeça dos Flamenguistas até hoje.

Em 1982, fez parte da seleção Brasileira que encantou o mundo nos gramados espanhóis. Seu futebol refinado foi capaz de alçar Leandro ao posto de um dos maiores laterais direitos já vistos com a camisa canarinho, embora o título não tenha pousada em terras brasileiras. Pela seleção foram 29 jogos, 2 gols marcados e uma história que ficou marcada: em 1986, antes da Copa do Mundo do México, Leandro e Renato Gaúcho fugiram da concentração da seleção em Belo Horizonte para "curtir" a noite na capital mineira. Na volta, Leandro não conseguiu pular o muro. Renato, em solidariedade ao amigo, ficou com ele do lado de fora. Resultado: o falastrão Renato foi cortado por Telê Santana. O bom moço Leandro não foi. Mas se recusou a ir à Copa, também em solidariedade à Renato.

Como se não bastasse dominar a lateral, Leandro foi se aventurar na zaga depois de uma série de lesões nos joelhos. E por lá foi campeão da Copa União de 1987 e permaneceu até o fim de sua carreira, em 1990, deixando um legado rubro-negro que, segundo ele, foi o maior privilégio de sua vida.

Por que jogava de terno?

Leandro foi um lateral-direito muito técnico, que apoiava bastante o ataque, mas que também marcava atrás com eficiência. Participou da era gloriosa do Flamengo, que sob o comando de Zico, conquistou absolutamente tudo nos anos 80. Não satisfeito, tornou-se zagueiro e também encantou a massa rubro-negra por ali. É um dos maiores ídolos da história do clube e é amado por seus torcedores.

👤 José Leandro de Souza Ferreira

👶 17 de março de 1959 (58 anos)

🏠 Brasileiro

👕 Flamengo e Seleção Brasileira

🏆 (principais) Campeonato Carioca: 78, 79, 79 (Especial), 81 e 86; Campeonato Brasileiro: 80, 82, 83 e 87; Taça Libertadores da América: 81 e Copa Intercontinental: 81 (Flamengo).

👑 Bola de Prata da Revista Placar: 82 e 85.

Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔 (8)

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