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"-Como era a tabelinha com Pelé? -Tabelinha, uai. Um tocava pro outro"


É com essa naturalidade, que um dos maiores gênios do futebol nacional respondia sobre a troca de passes com o seu maior parceiro, Pelé. É claro que falamos de Coutinho, que recusa o apelido de craque. Se reconhece, apenas, como um jogador que sabia se posicionar. Característica, aliás, que não lhe dá orgulho: “Eu tenho orgulho de ter jogado no Santos”. Apenas isso ele reconhece. Coutinho estreou no Santos bem novo, 14 anos. Ele servia de peça de reposição para a vaga de Pagão, craque que sofria de lesões à época. O jogador, centroavante nato, logo se firmou e pode fazer uma das maiores parcerias da história do Futebol. Coutinho e Pelé marcaram época num Santos fabuloso e que encantou o mundo. A tabelinha referida no título, era a principal jogada dos dois jogadores. O rei do futebol assume que, dentro da área, ninguém superou Coutinho, que evita sempre a alcunha de craque: “Futebol é conjunto e eu não jogava sozinho. Não tem essa de craque!”, confessou em uma entrevista ao UOL esporte, na mesma oportunidade em que “descreveu” a tabelinha com Pelé. A carreira, que iniciou e terminou precoce, é marcada não só pela parceria com Pelé. Tampouco, fica à sombra do rei. Coutinho marcou 350 gols em 457 jogos pelo Santos. Marca que lhe rende a terceira posição em números de gols, atrás de Pelé e Pepe. Pela Seleção, Coutinho estreou com 16 anos e seria titular fácil naquele time que seria bi-campeão mundial. Contudo, sofreu uma lesão e esquentou banco durante todo o torneio. Ficou marcado mesmo num Brasil e Argentina: em 59, Pelé e Coutinho botaram os Argentinos na roda com suas imortais tabelas. Os Hermanos, sem qualquer poder de reação, começaram a apelar e partir pra cima com jogadas mais violentas, com o aval do técnico Guillermo Stábile. Depois de muita falta, Coutinho teve que ser substituído para poupá-lo. Sua carreira, marcante e de alto nível, sempre teve um inimigo: a balança. Sempre teve sobrepeso, um problema para ele e o preparador físico do Santos, Alcino Pelegrini. Por não conseguir fazer o gênio perder peso, foi demitido da equipe. Por conta disso, Coutinho deixou de atuar aos 30 anos. Por que jogava de terno? Craque, apesar de recusar o título. Um dos maiores camisas 9 da história do Futebol. Era veloz, técnico e de posicionamento impecável. Tanto, que ele próprio reconhece como principal característica. Numa mesa de boteco, sempre haverá aquele que soltará: “sem Coutinho, Pelé não seria ninguém”. Como esse tipo de afirmação nunca será uma certeza, serve apenas para reverenciar um dos grandes gênios da pequena área. 👤 Antônio Wilson Honório 👶 11 de junho de 1943 (73 anos) 🏠 Brasil 👕 Santos, Vitória, Portuguesa, Club Atlas, Bangu, Saad-SP e Seleção Brasileira. 🏆 (principais): Campeonato Brasileiro: 61, 62, 63, 64 e 65; Taça Libertadores da América: 62 e 63, Taça Intercontinental: 62 e 63 (Santos); Copa do Mundo FIFA: 62 👑 Artilheiro da Taça Libertadores da América: 62 e do Campeonato Brasileiro de 62 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔 (8,8)

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