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"Muito prazer, eu sou Edílson, o Capeta"


Se você não conhece o classudo de hoje então muito cuidado, pois ele pode dar uma "caneta" em você. Ele também é capaz de fazer embaixadinhas no meio do jogo contra o maior rival e dar início a uma confusão generalizada. De jogador abusado nós gostamos, se essa ousadia for feita dentro de campo então, melhor ainda. É com satisfação -e uma certa dose de nostalgia- que anunciamos Edílson, o "Capetinha" e sua carreira vitoriosa, polêmica e folclórica. Quando Edílson chegou no Corinthians, em 97, ele já não era nenhum desconhecido do futebol. Ele já havia conquistado títulos e feito história no poderoso time do Palmeiras da "Era Parmalat". Agora no maior rival e novamente sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, Edílson consolidou ainda mais sua carreira com os títulos brasileiros de 98 e 99. Neste último, inclusive, foi considerado o melhor jogador do campeonato. Em 99 os torcedores mais saudosos vão se lembrar de Edílson por outro motivo. Era final do Campeonato Paulista em uma semana cheia de provocações, já que o adversário era o Palmeiras que àquela altura se preparava pra disputar a final da Libertadores e havia eliminado o próprio Corinthians nas quartas-de-final. Com o time reserva, o Palmeiras perdeu por 3x0. No jogo da volta já como campeão da Libertadores, o Palmeiras fez de tudo para não deixar o rival "jogar água no chopp" da conquista. O jogo foi muito disputado até Edílson empatar a partida para o Corinthians em 2x2 aos 30' do 2º tempo. Com o título paulista já garantido, Edílson resolver responder às provocações palmeirenses. Pegou a bola, deu duas embaixadinhas e colocou nas costas. Foi o suficiente para dar início a uma grande confusão. Socos, pontapés, gente correndo pra todo lado e até se jogando na entrada do vestiário e tudo isso transmitido ao vivo por Galvão Bueno. Virou destaque na mídia. Se naquela altura do campeonato alguém que viveu nos anos 90 ainda não sabia quem era Edílson Capetinha provavelmente não assistia televisão nem lia jornais. No ano seguinte o Corinthians foi disputa o primeiro Mundial interclubes realizado pela FIFA, e pelo caminho o poderoso Real Madrid. Durante os treinamentos, em uma conversa com o companheiro e amigo Vampeta, ele disse que não achava Karembeu, volante do time merengue, um jogador à altura para jogar no Real Madrid. O então presidente do Real, Lorenzo Sans, respondeu dizendo que não sabia quem era Edílson e que o brasileiro precisaria nascer de novo para ser reconhecido. Esqueceram de avisar pra ele. Além de marcar os dois gols do empate em 2x2, Edílson ainda deu uma caneta incrível em Karembeu, um verdadeiro cartão de visitas. O título desse texto foi dito por Luciano do Valle após o segundo gol marcado. O Corinthians acabou conquistando aquele título. Eram 3 títulos importantes em 3 anos seguidos. O que poderia ter se tornado a consolidação do status de ídolo da Fiel acabou se tornando uma saída melancólica do clube. Após ser eliminado mais um vez pelo Palmeiras na Libertadores, a torcida invadiu o Centro de Treinamento cobrando da diretoria e dos jogadores. Foi o suficiente para Edílson deixar o time. De lá foi para o Flamengo onde até conseguiu jogar bem, apesar dos problemas internos com Petkovic. O fato é que não durou muito tempo na Gávea e a partir daí não conseguiu mais se firmar em nenhum time. Encerrou a carreira em 2010, depois de passagem pelo Vitória, mas em 2016 anunciou que voltaria aos gramados para jogar pelo Taboão da Serra, pela 4ª divisão do Paulista. Pela Seleção Edílson fez parte do elenco campeão do mundo em 2002, inclusive atuando como titular em algumas partidas. Poderia também ter sido campeão da Copa América em 99, mas graças àquelas embaixadinhas ele teve o nome cortado pelo técnico da época, Vanderlei Luxemburgo. Por que jogava de terno? Irreverente, provocador e goleador. Edílson é daqueles jogadores que fala e faz. Suas entrevistas são sempre cheias de bom humor e histórias de uma época onde o que não faltava eram jogadores com esses características. Baixinho e veloz, o atacante se destacava pela agilidade nas decisões de jogadas e o bom posicionamento na hora de marcar. 👤 Edílson da Silva Ferreira 👶 17 de setembro de 1970 (46 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Industrial, Tanabi, Guarani, Palmeiras, Benfica, Palmeiras, Kashiwa Reysol, Corinthians, Flamengo, Cruzeiro, Vitória, Al Ain (EAU), São Caetano, Vasco, Bahia, Taboão da Serra e Seleção Brasileira 🏆 (principais) Campeonato Brasileiro 93 (Palmeiras); Campeonato Brasileiro 98 e 99 e Mundial 00 (Corinthians); Copa dos Campeões 01 (Flamengo); Copa dos Emirados Árabes Unidos 05 (Al Ain) e Copa do Mundo 02 (Seleção Brasileira) 👑 Bola de Prata e de Ouro da Revista Placar 98 e Melhor jogador do Mundial 00 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔 (6,5)

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