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O Pelé branco, o novo Heleno de Freitas ou o Edmundo de ontem


Não faltam referências e histórias sobre Almir Pernambuquinho! Todos esses apelidos, bem justificados com suas proezas e polêmicas. Almir, bem como denuncia sua alcunha, nasceu em Recife e, após início de carreira no Sport, se transferiu para o Vasco em 56. Desde cedo, mostrou ter temperamento forte aliado a uma habilidade acima do comum, logo sendo comparado a Heleno de Freitas. A habilidade o fez ser convocado para a Seleção Brasileira, que já estava pensando na equipe para ir à Copa da Suécia em 58. Mas Almir preferiu excursionar com o Vasco pela Europa. A recusa o fez ficar marcado e não ser mais convocado para o escrete nacional antes daquela copa. Ainda assim, Almir não passou em branco com a camisa da seleção. Mas como bad boy que sempre foi ele protagonizou uma verdadeira guerra num jogo contra o Uruguai, que terminou em confusão generalizada, em 59. Aliás, quase todas as vezes, as brigas eram provocadas por ele mesmo. Mas, jogando o verdadeiro futebol, foi comparado ao Rei Pelé na mesma época que foi transferido para o Corinthians, em 60. Com o terno do Timão, Pernambuquinho não pode justificar a comparação e sua passagem pelo alvinegro foi curta, sendo vendido para o Boca Júniors em 61. Teve rápidas passagens pela Itália e em 63 voltou ao Brasil, dessa vez para o Santos. Almir seria reserva de Pelé e a oportunidade de substituí-lo veio justamente em 63, na final do mundial interclubes entre o alvinegro praiano e o Milan. O rei não jogou as duas últimas partidas por lesão. Almir foi responsável por cavar o pênalti que daria o gol do título para o time brasileiro, marcado por Dalmo, no terceiro jogo. Alguns anos depois, Almir assumiria, em seu livro de memória, que jogou dopado a última partida da decisão. E ainda assumiu que o juiz do último jogo estava comprado. Suas histórias de confusões têm continuidade no Flamengo, em 66. Dessa vez, a final do carioca entre o rubro-negro e o Bangu havia a desconfiança que Sansão, árbitro da partida, estava comprado pelo time de Moça Bonita. Tudo levou a crer que estava mesmo. O time alvirrubro entrou com uma violência descomunal pra cima do adversário. Almir, que já havia sido advertido antes do inicio da partida pelo árbitro, com a promessa de expulsão na primeira oportunidade, apenas assistia. Mas, quando o time todo do Flamengo, que já estava perdendo a partida, viu que a chance era nula de virar a partida, dada a interferência do juiz, começou e revidar a violência. Aos 25 do segundo tempo, Almir viu uma agressão de Ladeira, atacante do Bangu, em Paulo Henrique “um verdadeiro cavalheiro” segundo Almir. Pernambuquinho, sempre destemperado, não deixou por menos e a confusão começou com agressões para todos os lados e 4 jogadores do Bangu expulsos e 5 do Fla, fazendo com que o time ficasse com menos do que o mínimo permitido de jogadores em campo. Bangu campeão (aliás, o último campeonato carioca que não foi vencido pelos quatro grandes). A vida de Almir se resumiu a bom futebol e confusão. E a morte, só em confusão. Morreu num tiroteio, em 73, envolvendo uma briga entre o ex-jogador e turistas portugueses que provocaram alguns artistas gays que estavam maquiados após um espetáculo. Os portugueses provocaram os atores, que não reagiram. Almir sim. Foi tirar satisfação com os lusitanos. Aconteceu tumulto que terminou em tiroteio. Depois de mais de 30 disparos, o corpo de Almir jazia no chão, com um tiro na cabeça. Por que jogava de terno? Hábil de muita disposição e entrega dentro do campo. Foi um dos principais jogadores do Santos no primeiro mundial, em 63. As comparações tanto com outros jogadores da época eram facilmente justificadas com sua movimentação em campo. Não foi à toa que ele assumiu o lugar do Rei em 63, ao invés de Toninho Cerezo. Infelizmente também ficou marcado pela violência e destemperamento dentro do campo. 👤 Almir Morais de Albuquerque 👶 28 de outubro de 1937 🏠 Brasil 👕 Sport Recife, Vasco, Corinthians, Boca Juniors, Fiorentina, Genoa, Santos, Flamengo, América-RJ e Seleção Brasileira 🏆 Campeonato pernambucano: 56 (Sport), Campeonato Carioca: 58 (Vasco) e 65 (Flamengo), Campeonato Paulista: 64; Copa Libertadores da América: 63; Campeonato Brasileiro: 63 e 64; Copa Intercontinental: 63 (Santos) 👑 Sem títulos individuais de destaque. Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔 (7)

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