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O marcador incansável


Marcar com classe e lealdade o maior jogador de todos os tempos, não é tarefa para qualquer um. Somente um capitão de verdade conseguiria parar Pelé. E assim Piazza fez, em 1966, na histórica conquista da Taça Brasil contra o Santos. Além do talento e da raça, o volante mineiro tinha outra qualidade impecável: a capacidade de se reinventar. Na Copa do Mundo 70, Zagallo montou um dos times mais invejados de todos os tempos. Naquele ano, lendas como Carlos Alberto, Tostão, Pelé e Rivelino vestiram a amarelinha, e entre eles, estava Piazza, que apesar de ser volante de origem, atuou naquele mundial como quarto zagueiro. Um improviso cheio de brilho e segurança. Piazza nasceu na cidade de Ribeirão das Neves, em Minas Gerais. Deu os primeiros passos no futebol profissional defendendo o Renascença, pequena equipe de Belo Horizonte. Chegou ao Cruzeiro no início dos anos 60, onde logo se firmou capitão do time celeste. Ao lado de Tostão e Dirceu Lopes formou a maior trinca que o Cruzeiro já teve. Por mais de uma década, defendeu a camisa cinco estrelas com lealdade e categoria. Durante toda a sua carreira, o futebolista vestiu apenas dois uniformes: o do seu clube e o de sua seleção. Em 1976, levantou a taça da Libertadores da América. O Cruzeiro venceu o River Plate com o memorável gol de falta do ponta-esquerda Joãozinho. Mais experiente, o classudo liderou o meio de campo da equipe junto com seu fiel companheiro Zé Carlos. É impossível relembrar essa conquista sem citar o capitão Piazza, um dos símbolos desse time que pintou a América de azul e branco pela primeira vez. Quando João Saldanha deixou o comando da Seleção Brasileira, dando lugar à Zagallo, Piazza deixou a “meia-cancha” e passou a atuar como zagueiro. O novo desafio foi consequência das lesões de jogadores daquela posição. O que antes foi visto como um improviso perigoso, logo se tornou uma excelente ideia. Piazza se firmou na zaga e jogou todo o mundial naquela posição. Wilson Piazza deixou os gramados em 1978. Ainda morando na capital Belo Horizonte, atualmente o campeão de 70 é presidente da Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP). Por que jogava de terno? Gigante na defesa, desarmava como poucos. Com muita técnica e raça, Piazza dominou por anos o meio de campo cruzeirense, sem dar chance aos seus adversários. Nem mesmo Pelé e o melhor time de todos os tempos conseguiu passar pelo camisa 5. O capitão deixou um legado quando o assunto é o meio de campo, sendo soberano em sua posição. 👤 Wilson da Silva Piazza 👶 25 de fevereiro de 1943 (73 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Renascença, Cruzeiro e Seleção Brasileira 🏆 (Títulos Principais) Copa do Mundo de 70 (Seleção Brasileira), Taça Brasil de 66 e Libertadores da América de 76 (Cruzeiro) 👑 Bola de Prata 72 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔 (7)

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