"Zenon chutou pra fora... é goooool!!
Das bases do Hercílio Luz, clube de Tubarão, Santa Catarina, para o sucesso na década de 80. Ídolo no Guarani e no Corinthians, passando também por Avaí, Atlético-MG e seleção brasileira. O currículo classudo de hoje é de Zenon de Sousa Farias. Apenas uma vez um clube do interior sagrou-se campeão brasileiro: em 1978, o Guarani que levantava a taça era comandado por Carlos Alberto Silva e contava com o matador Careca. Mas o cérebro da equipe era Zenon, um armador franzino que virava um gigante do meio campo. Foi ele o responsável pelo baile do bugre no Beira Rio contra o Internacional e depois no Maracanã, contra o Vasco da Gama nas semifinais, quando marcou dois gols. E também é dele a autoria do gol de pênalti na final contra o Palmeiras, quando balançou a rede defendida por Escurinho, ocupando provisoriamente o lugar do goleiro expulso Leão. Depois de uma passagem pelos Emirados Árabes, Zenon chegava no Corinthians para fazer parte da equipe bicampeã paulista em 82 e 83 e famosa pela Democracia Corintiana. A responsabilidade era de ocupar um lugar cujo a referência era Rivelino e Zenon cumpriu o papel. Para muitos, foi o mais talentoso a atuar ao lado de Sócrates. Não era para menos, o camisa 10 tinha visão de jogo privilegiada e uma destreza nos passes e cobranças de falta. E a bola não enganava apenas os goleiros, mas também os narradores. É famosa a narração de José Silvério pela Jovem Pan que, enganado pelo efeito repentino da bola de um golaço que Zenon fez no Morumbi contra o Flamengo, descreveu assim: “Zenon chutou pra fora... é gooolll"! O Corinthians venceu o Flamengo por 4 a 1!”. Em 1986, o Atlético Mineiro de João Leite, Nelinho, Renato “Pé Murcho”, Éder Aleixo e Sérgio Araújo, recebia Zenon. A equipe foi campeã mineira e chegou às semifinais do Brasileirão nos dois anos, um deles comandado por Telê Santana, com quem o santo de Zenon não batia muito. Talvez isso explique o nome fora da lista da seleção para a Copa de 86. Isso e o fato de que era uma época recheada de grandes nomes para a posição. Acabou atuando apenas sete vezes com a Amarelinha tradicional, mas no time Master conquistou os campeonatos de 89, 91 e 95. Antes disso, teve passagem pela Portuguesa e São Bento de Sorocaba, onde encerrou sua carreira profissional. Atualmente é comentarista esportivo, tem uma escolinha de futebol e ainda promove e atua nos amistosos de Corinthians e Seleção Brasileira Masters. Por que jogava de terno? Zenon era dono de um futebol refinado, um clássico do meio de campo brasileiro da década de 80: franzino, podia não ser dos mais velozes mas era habilidoso e talentoso. Tinha ótimo posicionamento e destreza para bater faltas. 👤 Zenon de Sousa Farias 👶 31 de março de 1954 (62 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Hercílio Luz, Avaí, Guarani, Al-Ahli, Corinthians, Atlético MG, Portuguesa, Grêmio Maringá, São Bento, Seleção Brasileira e Seleção Brasileira Masters. 🏆 (principais) Campeonato Catarinense 73 e 75 (Avaí); Campeonato Brasileiro 78 (Guarani); Campeonato Paulista 82 e 83 (Corinthians); Campeonato Mineiro 86 (Atlético MG); Campeonato Mundial de Masters 89, 91 e 95 (Seleção Brasileira Masters) 👑 (sem títulos individuais de destaque) Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (6,7)