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Um gênio torto


Quantas vezes nos perguntamos como seria a carreira de um jogador, de um time, de um campeonato, se não fosse algum percalço? O classudo de hoje tem alguns, nos faz pensar o que seria de sua carreira se não fossem alguns problemas disciplinares. Todas elas não apagaram o brilhantismo de Djalminha. Nome fácil numa lista de grandes jogadores brasileiros dos últimos anos, Djalminha nasceu predestinado ao sucesso: filho do também jogador Djalma Dias. Além disso, sua carreira iniciaria numa época vitoriosa do Flamengo. Na base venceu a Copa SP de 89 e em 90 subiu para ser campeão da Copa do Brasil daquele ano. Mesmo novo, o meia já demonstrava seu desequilíbrio técnico e temperamental. Depois de se firmar no profissional na Gávea, mostrando seu talento e apontando ser uma grande promessa (e que deu certo!), discutiu com Renato Gaúcho, em 93, em meio a um Fla-Flu. Os empurrões mútuos atingiram mais forte Djalminha, que se despedia ali do clube que o revelou. Passou por Guarani de Campinas antes de poder brilhar no poderoso Palmeiras da segunda metade da década de 90. O famoso esquadrão era repleto de craques e Djalminha era o grande armador do time. A grande fase do jogador foi logo reconhecida. Vestiria pela primeira vez o terno canarinho em 1997. Ganhou uma grande projeção e foi parar no La Coruña, onde foi um dos grandes responsáveis pela boa fase do time da Galícia. Sacramentou seu nome no hall de ídolos do time quando ajudou a equipe a conquistar seu primeiro campeonato espanhol, em 99/00. No Brasil, era quase que certeza que Djalminha seria um nome certo para a copa de 2002, na Ásia. E era certo mesmo. Felipão não tinha dúvidas em o colocar entre os 23 convocados a irem para o Japão e a Coreia no que seria a campanha do Penta. Mas... E se Djalminha estivesse naquele time? E se Djalminha tivesse jogado naquela copa? O que seria de Djalminha se fosse um dos Penta campeões? Restaram os “se” numa cabeçada que o jogador deu no técnico do La Coruña dias antes da convocação para a copa. A cabeçada foi num lance bobo durante o treinamento do time espanhol. Djalminha não foi para a copa e encerrou ali sua passagem pela seleção, em 14 jogos e 6 gols marcados. O armador ainda jogaria entre times da Áustria e México, até se aposentar em 2004. Hoje é sempre lembrado pela sua genialidade, torta pelo temperamento não muito genial. Por que jogava de terno? Domínio de bola que beirava a perfeição, passes precisos e dribles preciosos. É difícil apontar qual a melhor característica do meia. “Injustiçado” por não ir à Copa de 2002, mas sempre lembrado por sua genialidade durante boa parte de sua carreira. 👤 Djalma Feitosa Dias Azevedo 👶 9 de dezembro de 1970 🏠 Brasileiro 👕 Flamengo, Guarani, Shimizu S-Pulse-JAP, Palmeiras, Deportivo La Coruña, Austria Wien, América-MEX e Seleção Brasileira 🏆 (principais títulos) Copa do Brasil: 90, Campeonato Brasileiro: 92 (Flamengo); Campeonato Espanhol: 99/00, Super Copa da Espanha: 00, 02 e Copa do Rei: 02 (La Coruña); Campeonato Austríaco: 03, Copa da Áustria: 03 (Austria Wien); Super Copa do México: 04/05 (América); Copa América: 97 (Seleção Brasileira). 👑 Bola de Prata da revista placar: 93 e bola de Ouro: 96. Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔 (8,5)

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