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Um rockstar no palco do futebol


Aquele com uma memória melhor certamente se lembrará de um dos jogares que mais cativaram a torcida na Copa de 94. Cabelos longos ruivos com um cavanhaque chamativo. Não só pela aparência, Alexi Lalas foi um dos grandes jogadores a surgir na terra do Tio Sam. Classudo de impor medo no ataque adversário e que curte uma boa guitarra. Ainda que estivesse longe de ser um grande zagueiro (e de chamar atenção mais pelo visual que pelo futebol), Lalas tem sua uma significativa importância para o futebol norte americano. Se notabilizou, primeiro, pela boa dupla que formou com Marcelo Balboa, na copa em sua casa. O destaque aconteceu naquela oitava de final contra o Brasil de Romário e um jogo duro e de forte marcação dos americanos. Naquela época, o esporte nos EUA passava ainda por uma profissionalização, longe de ter o relativo holofote que tem hoje e também distante da projeção que ganhou à época do Cosmos de Pelé, Beckenbauer e Carlos Alberto Torres. Por isso, era difícil imaginar que a seleção local, com muitos jogadores que atuavam naquele cenário, pudessem fazer frente à seleção tri-campeã mundial. Mas fizeram, ainda que o resultado tenha sido negativo. Para Lalas, um modesto zagueiro, filho de uma poeta norte americana e de um professor grego, era ainda mais improvável que se notabilizasse além da aparência. Mas Alexi conseguiu virar uma referência – para não usar o termo lenda que muitos usam – quando se tornou o primeiro norte-americano a jogar na tradicional liga italiana, com o terno do Pandova. Injustiça, talvez, seria não contar que Lalas também estivera na surpreendente campanha dos Americanos em Havana, no Panamericano de 91, quando puderam ganhar o ouro. Mas vale lembrar também que naquela edição Brasil – defensor do título – Argentina, Uruguai e outras das principais seleções sul-americanas não participaram do torneio, restando apenas os modestos times da América Central (Cuba, Haiti, Nicarágua e Honduras), os três norte americanos e o Suriname. Lalas jogaria na Itália entre 94 e 96, regressando aos Estados Unidos para disputar a Major Soccer League pelo New England Revolution. Depois de aposentado, em 2003, tentou seguir também a carreira no rock lançando dois álbuns com sua banda Gypsies e mais um em carreira solo. Recentemente, esteve no Brasil para acompanhar a copa do mundo de 2014 como comentarista da ESPN. Por que jogava de terno? Forte, alto e a cara nem sempre simpática que mostrou aqui no Brasil durante a copa de 2014. Lalas tinha a estirpe de um zagueiro que sabia se impor, mesmo que só fisicamente. Apesar de não ser um dos mais belos zagueiros da história, tem seu nome gravado no Hall da Fama do futebol norte americano. Nada pouco significativo para um país que surge cada mais forte no cenário futebolístico. 👤 Panayotis Alexander Lalas 👶 1 de junho de 1970 🏠 Estadunidense 👕 Rutgers-EUA, Pandova-ITA, New England Revolution-USA, Metro Stars-EUA, Kansas City, Los Angeles Galaxy e Seleção Norte Americana. 🏆 US Open Cup: 01, MSL Cup: 02 (Los Angeles Galaxy). Ouro nos jogos panamericanos de 91 (Seleção Norte-americana). 👑 Jogador de Futebol do ano pela MLS: 95 Classômetro: 👔👔👔👔 (4,2)

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