O lendário "nana nenê"
É difícil falar de um jogador que naturalmente não se há muito para falar. Por ser consagrado, querido e estar na memória de todos aqueles saudosos pelo futebol da seleção brasileira tetracampeã. Bebeto é um desses jogadores. Não faltam histórias para contar, é claro. Podemos começar com seu auge, quando formou ao lado de Romário, uma das duplas mais incríveis da Seleção. Em 94 era impossível falar Bebeto sem seguir com Romário, como se fosse uma única palavra: “Bebetoerromário”. Também não pode se deixar de falar do craque que jogou em vários rivais: surgiu na base do Bahia, mas estreou no profissional pelo Vitória. Campeão brasileiro pelo Flamengo e pelo Vasco e ainda jogou no Botafogo, onde também foi recebido com certo carinho. Na Espanha, formou um time competitivo e brigador de título com o La Coruña, até então um mero coadjuvante no velho continente. Após sair do Vitória para o Flamengo, Bebeto enfrentaria dificuldades mesmo num time que vinha de uma grande conquista, o Brasileiro de 83. Passou 84 e 85 sem ganhar nada e o primeiro título só veio em 86, um carioca. A redenção foi em 87 com o “polêmico” campeonato de 87. Campeonato em que Bebeto marcou praticamente um gol por jogo, inclusive o tento solo da final, contra o Inter. Ficou consagrado com o terno rubro-negro ao lado de monstros imortais como Zico e Renato Gaúcho. Mas em 89 foi para o Vasco, onde também ganharia o Brasileirão no mesmo ano. Na Seleção Nacional, era um craque no sub-20, estreando na principal em 85. Com uma tremenda concorrência, ficou de fora da copa de 86, mas em 88 iniciaria a grandiosa parceria com Romário, em Seul, onde conquistaria a prata olímpica. Bebeto chegou a 94 como um dos principais do elenco, ao lado, claro, do baixinho. E naquela copa a dupla brilhou demais! Assistências um para o outro e comemorações consagradas, daquelas que não sai da cabeça de nenhum torcedor. Como a do gol contra os EUA: após um passe magistral de Romário, Bebeto saia por trás do gol e aclamava um “eu te amo” ao seu garçom. Ou ainda, a mais famosa das comemorações, a inédita embalada de bebê contra o Países Baixos, em homenagem ao seu filho Matteus – único filho na qual Bebeto não viu nascer. Depois de 94, ainda seria campeão das copas das confederações em 97 e se despediria da amarelinha no fatídico jogo contra a França, na final de 98. Com o terno alvinegro do Botafogo, naquele ano, conquistaria o Rio-São Paulo. Se aposentou definitivamente dos gramados em 02. Por que jogava de terno? Artilheiro e adorava um gol bonito: fosse de voleio ou de placa. Também era um exímio cabeceador, além de um garçom driblador de primeira. Não é à toa que está imortalizado com a camisa da seleção brasileira, ao lado, quase simbiótica, de um gênio como Romário. 👤 José Roberto Gama de Oliveira 👶 16 de Fevereiro de 1964 🏠 Brasileiro 👕 Vitória, Flamengo, Vasco, Desportivo La Coruña, Sevilla, Cruzeiro, Botafogo, Toros Neza (MEX), Gavilanes Tampico (MEX), Kashima Antkers (JAP), Al-Ittihad (ARA) e Seleção Brasileira 🏆 (Principais) Campeonato Brasileiro: 83, 87 (Flamengo) e 89 (Vasco), Super Copa da Espanha: 95 (La Coruña). Copa América: 89, Copa das Confederações: 97 e Copa do Mundo FIFA: 94 (Seleção Brasileira) 👑 Revelação do Campeonato brasileiro: 84, Craque do Ano pela Revista Placar: 89, 3º Maior jogador do Mundo eleito pela revista inglesa World Soccer: 89, Craque do Campeonato brasileiro: 89, Bola de Prata da Revista Placar: 92. Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔 (7,5)