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Maradona Good. Pelé better. George Best


Imagine nos anos 60 um jogador genial dentro de campo e uma celebridade fora dele? Craque, galã, polêmico, boêmio e irreverente. Um jogador que, em geral, todos admiravam: homens e mulheres. Aquele que era capaz de fazer o que queria no futebol e considerou que era assim também que viveria. Imaginou? Pois bem, é mais ou menos assim que George Best fez história. Nascido na Irlanda do Norte e fã do Manchester United, George Best foi descoberto por um olheiro inglês famoso: Bob Bishop. Foi ele quem escreveu um telegrama para Matt Busby, técnico dos Reds, dizendo: “Encontrei um gênio para você.” Foi assim que o norte-irlandês chegou a Inglaterra para iniciar sua carreira como profissional. O início não poderia ter sido melhor. Formando um ataque lendário com Bobby Charlton e Denis Law, chegou conquistando a Copa da Inglaterra de 63. O sucesso logo de cara já começava a chamar a atenção da imprensa inglesa. E também dos torcedores de Manchester United, principalmente pelo seu jeito irreverente e falastrão fora de campo. Habilidoso, decisivo e rápido, encantava com suas atuações. Uma delas foi no jogo contra o Benfica de Eusébio, em pleno Estádio da Luz. Valendo vaga para a semifinal da Champions League 66. Depois de vencer na Inglaterra, o técnico pregou cautela em Portugal. George Best desobedeceu e com doze minutos já tinha anotado dois tentos. Ainda faria o terceiro e o placar 4 a 1 para o Manchester United. No outro dia era manchete dos jornais: "George Best, o quinto beatle". Era oficial. O jogador era também um popstar e gostava da fama. O status lhe trouxe muitas mulheres, festas, bebidas e outras extravagâncias. O futebol já não era tanta prioridade. Contudo continuava brilhante quando aparecia para desfilar nos tapetes verdes. Por isso, o técnico que o contratou, o protegia. Mesmo sem treinar continuava com o terno vermelho do Manchester. Até que houve uma troca no comando e o novo comandante abriu mão de George Best. E com apenas 26 anos, o futebol então passou a ser mais um hobby do que profissão. As atuações em campo de futebol eram cada vez mais raras. Mas nas festas cada vez mais frequentes. Mesmo assim, era ídolo na Irlanda do Norte, onde fizeram campanha por sua convocação para a Copa do Mundo de 82. Mas não foi. George Best é mais um craque que não jogou um mundial. Em 2002, George Best fez um transplante de fígado, depois de ser destruído pela cirrose. A cirurgia deu certo. Então, em poucos dias Best voltou a beber. O organismo não suportou e o estado ficou grave. Pelé foi visitá-lo e deixou um bilhete com o craque, escrito: "Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé." Para George Best era o último brinde de sua vida. Por que jogava de terno? Porque George Best foi genial. Nos tapetes verdes, desfilou seu futebol vistoso, elegante e muito decisivo. Foi ídolo no Manchester United. A irreverência lhe proporcionou um status de celebridade. Exagerou em habilidade dentro de campo e em boemia longe do campo. Segundo o próprio: “Gastei muito dinheiro em bebida, mulheres e carros rápidos. O resto eu desperdicei”. 👤 George Best 👶 22 de maio de 1946, falecido em 25 de novembro de 2005 (70 anos) 🏠 Norte-irlandês 👕 Manchester United, Los Angeles Aztecs, Fulham, Fort Lauderdale Strikers, Hibernian, San Jose Earthquakes, Tobermore United. 🏆 (principais) Copa da Inglaterra 63, Campeonato Inglês 64/65, 66/67, Taça dos Campeões Europeus 67/68. 👑 Ballon d'Or 68, Futebolista inglês do ano 67/68, FIFA 100. Classômetro:👔👔👔👔👔👔👔 👔 (8,5)

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