Rui Costa, o maestro leal
O que seria do camisa 9 sem o camisa 10? O que seria do artilheiro sem aquele garçom que entrega a bola pronta para bater pro gol? Batistuta e Shevchenko que o digam, eles têm muito a agradecer a Rui Manuel César Costa, o escolhido de hoje para dar classe ao Joga de Terno. O meio-campista é português e começou a carreira bem cedo no clube do coração, o Benfica. Ali, Eusébio, o maior ídolo da história de Portugal estava presente para avaliar futuros craques e viu no pequeno Rui um garoto com muita habilidade e potencial. E assim, com o aval de Euzébio, Rui Costa ingressou nas categorias de base do Benfica e ficou até 1990, quando foi emprestado ao modesto Fafe, dando início à sua carreira profissional. Regressou ao Benfica no ano seguinte e vestiu o terno até 94. Ali, fez o primeiro grande negócio da carreira. Vendido por cerca de 6 milhões de euros para a Fiorentina. Além de sair do território lusitano e ir conhecer o futebol da "terra da bota", ainda ajudaria o clube a se reerguer que, àquela altura, passava por graves problemas financeiros. Na Fiorentina Rui Costa fez a primeira grande parceria da carreira, com Batistuta. Era muita habilidade em campo e um preço alto a se pagar por ambos. Mas a falta de planejamento para manter tantos craques (o goleiro Toldo também fazia parte da equipe) fez a Fiorentina declarar falência em 2000. O argentino foi parar na Roma e o português vendido ao Milan por quase 50 milhões de euros, ainda hoje a 22ª contratação mais cara da história do futebol. Curiosamente ele, mais uma vez, era vendido para ajudar o clube a pagar dívidas. No Milan Rui Costa continuou mostrando porque foi considerado alguma vezes o melhor meio-campo da Itália: técnica, visão de jogo e um passe preciso. Agora era a vez de Andriy Shevchenko se aproveitar de toda a habilidade de Rui. Mas em 2003, com a chegada de Kaka, bem mais novo, ele perdeu espaço e a camisa 10 para o brasileiro. Ficou até 2006, quando decidiu romper o contrato e então voltar ao time do coração, o Benfica. Ainda jogou por mais duas temporadas mas a dificuldade com lesões o fizeram encerrar a carreira em 2008. Por que jogava de terno? Um dos grandes "camisa 10'' da década de 90, Rui Costa jogou em apenas 4 times como profissional e marcou seu nome em todos eles. Porque além de ser bom de bola e servir muito bem os companheiros no ataque, nunca foi daqueles que vestem vários ternos em busca de fortuna ou fama. Saiu do Benfica para consolidar a carreira e ajudou o time do coração com o alto valor da negociação. Saiu da Fiorentina porque o time faliu. Saiu do Milan com contrato rescindido abrindo mão de uma parte do salário. E retornou ao Benfica. 👤 Rui Manuel César Costa 👶 29 de março de 1972 (44 anos) 🏠 Portugal 👕 Benfica, Fafe, Fiorentina, Milan e Seleção Portuguesa 🏆 (principais) Campeonato Português 93/94 e Taça de Portugal 92/93 (Benfica); Copa da Itália: 95/96, 00/01 (Fiorentina); Copa da Itália 02/03, UEFA Champions League: 02/03, Campeonato Italiano 03/04 e Copa do Mundo sub-20 (Seleção Portuguesa) 👑 Liga dos Campeões da UEFA: Time do torneio 96, 00; FIFA XI 98; líder de assistência da Liga dos Campeões da UEFA 02/03; FIFA 100; Hall da Fama do Milan, Hall da Fama da Fiorentina. Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔 (7)