Um grande jogador, um grande erro
Sempre lembramos dos classudos por seus feitos vitoriosos, glorias inesquecíveis. Mas o de hoje, considerado um dos maiores jogadores italianos de todos os tempos, um dos melhores jogadores do mundo na década de 90, acontece é o contrário. Roberto Baggio tem uma carreira singular, mas marcado pelo pênalti perdido na Copa de 94 que culminou no tetra campeonato Brasileiro. Baggio sempre jogou na Itália e mesmo com o erro de 94, continuou cultuado e idolatrado na Velha Bota. Sua carreira profissional iniciou no Vicenza, em 82. Nas três temporadas que ficou por lá, conquistou os títulos de acesso que o time disputava e chamou atenção do Fiorentina, pra onde foi jogar em 85. Fã de Zico, Baggio sofria com lesões no início de carreira. No Fiorentina, ainda era tido como revelação. Superada algumas difíceis operações, Il Codino Divino (ou “rabo de cavalo divino”) começou a marcar gols, ser um dos pilares do time de Florença e começou a vestir o terno da Azzura. A década de 90 iniciaria numa gangorra para Baggio. Primeiro porque sairia contra vontade da Fiorentina para jogar na Juventus. Demorou a se firmar na equipe e para ser amado pela torcida. Por outro lado, estrearia em Copa, na de 90, marcando golaços e se firmando na equipe. Alguns anos depois, seria oficialmente o melhor do mundo, escolhido pela FIFA e pela revista France Football. Era um craque absoluto e o principal jogador da Itália, que foi para os Estados Unidos em 94 pronta para ser a primeira tetra campeã mundial. De fato, a Itália veio forte, mas cambaleante sobretudo na primeira fase. Baggio, a estrela do time, despontaria só nas finais. Foi dele o gol que levou a Azzura para as semis. No jogo para decidir quem iria para a final, contra os búlgaros, Baggio foi decisivo, marcou os dois gols da vitória, mas saiu lesionado. Foi para a final contra o Brasil na dúvida se jogaria. Jogou. Jogo zero a zero, no tempo normal. Muito calor, jogo duro, prorrogação, zero a zero, pênaltis. Tensão, pênaltis perdidos para ambos os lados, e os craques de ambas as equipes para decidir na última cobrança. Baggio foi para a bola com o passo cansado de quem fizera seu melhor até então. À sua frente, a esperança brasileira em Taffarel. Se fizesse, iriam para as alternadas, se errasse, título brasileiro. Aquele chute isolado marcaria definitivamente a carreira de Baggio, que se aposentou em 2004, virou ídolo nos principais times da Itália mas carregou pra sempre aquela cobrança no Rose Bowl. Por que jogava de terno? Baggio era goleador, carismático e ídolo tanto no Milan, Firentina, Internazionale e Juventus, os principais times italianos. Um cara marcado por um erro, mas eternizado na mente do fã de futebol. 👤 Roberto Baggio 👶 18 de fevereiro de 1967 (49 anos) 🏠 Itália 👕 Vicenza, Fiorentina, Juventus, Milan, Bologna, Internazionale, Brescia e seleção Italiana 🏆 Copa da UEFA: 92/93, Campeonato Italiano: 94/95 (Juventus) e 95/96 (Milan); Copa da Itália: 94/95 (Juventus) 👑 Melhor jogador europeu do ano Sub-23: 90, Melhor Jogador do Mundo pela FIFA: 93, Bola de Prata da Copa do Mundo da FIFA: 94; Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo da FIFA: 94 Classômetro: 👔 👔 👔 👔 👔 👔 👔 👔 (8,1)