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Fala muito, Tite!


Nesta quinta-feira, 1º de setembro de 2016, Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, estreou no comando da Seleção Brasileira com uma vitória contra o Equador por 3x0. O treinador vive o momento máximo de sua carreira, e merece estar tanto no comando da Seleção quanto aqui no Joga de Terno. Assim como a maioria dos principais treinadores do Brasil, Tite também foi jogador. E também assim como a maioria não teve destaque dentro de campo. Atuando como volante foi vice-campeão brasileiro pelo Guarani em 86. Aos 28 anos já estava aposentado dos gramados, devido a uma série de lesões no joelho. Até hoje ele tem dificuldades em flexionar um dos joelhos. Já a carreira como treinador é bem maior, começou em 90 pelo Guarany-RS. O primeiro grande momento de Tite na beira do gramado veio ao conquistar a Copa do Brasil pelo Grêmio, em 2001. Foi então que, a partir daí, começou a comandar outros grandes clubes e a se projetar nacionalmente como uma nova opção para treinadores no país. Obviamente a gente não vai falar de todos os clubes por onde ele passou pois quem acompanha o futebol brasileiro sabe bem que treinador que se preze não fica em um cargo por muito tempo. Depois de idas e vindas do Corinthians, a desclassificação na pré-Libertadores de 2011 para o Tolima parecia ser mais uma demissão em sua carreira. Mas em uma atitude incomum em clubes de futebol depois de um fracasso, a diretoria resolveu manter o treinador no cargo. Sábia decisão. Naquele mesmo ano, o Corinthians, ainda sob o comando de Tite, seria Campeão Brasileiro mesmo com a venda de vários jogadores e a aposentadoria de Ronaldo. No ano seguinte a inédita Libertadores e o Mundial Interclubes. Àquela altura Tite já era visto como um dos maiores treinadores do país e ídolo no Corinthians. Alguém capaz de montar um bom time baseado em um equilíbrio tático e solidez defensiva e, através da confiança em seus comandados, resgatar jogadores e transformar um elenco desacreditado em um time campeão. Foi assim também em 2015 quando, mais um vez no comando do Corinthians, transformou um time que não era favorito em campeão brasileiro com 12 pontos de vantagem para o vice-líder, Atlético-MG. O convite para assumir o comando da Seleção Brasileira veio, enfim, em 2016, mas poderia ter sido antes. Após o fracasso na Copa do Mundo de 2014, Tite admitiu que esperava ser chamado para o lugar de Felipão - assim como parte da torcida brasileira - mas, ao ver a escolha por Dunga para o cargo, disse: "Não sei o critério que foi feito". Teve que esperar por mais dois anos. Por que joga de terno? Com o peso da responsabilidade em seus ombros de classificar o Brasil para a Copa do Mundo de 2018 (o que nunca pareceu ser um grande desafio), assumiu uma seleção com uma enorme desconfiança do torcedor e um histórico de fracassos recentes. Em campo, jogadores que não empolgam nem tampouco se firmam como titulares. À beira do gramado, um treinador que não pretende construir a "família Tite" muito menos deixar de convocar jogadores por birra mas sim recuperar o prestígio do time e levá-lo de volta ao topo assim como já fez no Corinthians. Mais de uma vez. A peculiaridade dele está nas entrevistas, sempre muito complexas e às vezes até filosóficas. E a imensa confiança depositada pelo torcedor brasileiro. É difícil achar alguém que não o considere a pessoa ideal para o cargo. São mais de 200 milhões de torcedores que torcem muito para que estejam certos dessa vez. 👤 Adenor Leonardo Bacchi 👶 25 de maio de 1961 (55 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Como jogador: Caxias, Esportivo (RS), Portuguesa, Guarani. Como treinador: Guarany (RS), Caxias, Veranópolis, Ypiranga-RS, Juventude, Grêmio, São Caetano, Internacional, Corinthians, Atlético-MG, Palmeiras, Al-Ain (EAU), Al-Wahda (EAU)e Seleção Brasileira. 🏆 (principais) como treinador: Copa do Brasil 01 (Grêmio), Copa Sul-Americana 08 (Internacional), Campeonato Brasileiro 11 e 15, Copa Libertadores da América 12 e Mundial Interclubes 12 (Corinthians). 👑 Como treinador: Melhor treinador da Libertadores: 2012, Melhor treinador do mundial de clubes 2012, Craque do Brasileirão de melhor técnico do Campeonato Brasileiro: 2015, Prêmio Faz Diferença O Globo - Esportes: 2015. Classômetro (treinador): 👔👔👔👔👔👔👔 (7,8)

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