"Por mais que eu reze não tem jeito. Esse Tostão é mesmo infernal" Don Serafim, ex-bispo d
A torcida cruzeirense considera Tostão o maior craque que já vestiu a camisa celeste. A imprensa internacional dos anos 60 o chamava de "O Rei Branco", evitável comparação com Pelé. Tostão foi o que conhecemos como jogador cerebral, daqueles que melhor veste o terno quando está em campo. Ao lado de Dirceu Lopes e todo um esquadrão, fez a equipe mineira de cinco estrelas entrar no 'hall' da elite do futebol brasileiro. No início dos anos 60 o Cruzeiro tinha em seu plantel uma geração de jovens jogadores que viria dar 'liga' nos anos seguintes. Nomes como Dirceu Lopes, Piazza, Raul Plassmann e Natal fez com que a equipe mineira se tornasse protagonista no Brasil. Nessa equipe Tostão se destacava e se impunha como líder, jogando como meia e as vezes de centroavante fazia muito bem seu papel. Infelizmente teve um problema sério devido a um descolamento de retina ocasionado em um amistoso pela seleção em 69, contra o Millionários em Bogotá. O descolamento iria sofrer um agravante meses depois em uma partida contra o Corinthians em lance com o zagueiro Ditão. Seu maior título pelo clube foi a Taça Brasil, onde protagonizou o que é considerado o maior jogo da história do clube. Na final diante do Santos de Pelé e companhia, a raposa aplicou um sonoro 5 x 0 no primeiro tempo. Na segunda etapa da partida ainda faria mais um e tomaria dois. O Cruzeiro seria campeão da Taça Brasil com mais uma vitória, agora de virada no Pacaembu. Na saída de campo colocaram uma coroa na cabeça de Tostão para uma foto com a equipe. No dia seguinte um jornal local tinha em sua manchete "O NOVO REI". Tostão foi o primeiro jogador de um clube mineiro a disputar uma Copa do Mundo, na Inglaterra, em 1966. Devido ao problema com o descolamento de retina em 69 sua participação em 70 foi muito contestada por toda imprensa. As vésperas da Copa foi submetido a uma operação nos EUA, e três meses antes do torneio seria liberado para jogo. Ainda com a nação em dúvidas se ele seria capaz de jogar ou não, Zagallo deu o ultimato, convocando-o. O resultado todo mundo conhece, festa canarinha e Tostão dividindo o destaque com Pelé, Clodoaldo, Gerson, Jairzinho e Rivelino. Na volta ao Brasil, jogaria no Cruzeiro até o ano de 1972. Em abril deste mesmo ano, o Mineirinho de Ouro se apresentaria no Vasco da Gama, na maior transação envolvendo clubes brasileiros na época. Ainda se sagrou campeão da Minicopa pelo Brasil. Mas devido a uma inflamação na retina que o levaria aos EUA novamente para outra operação, Tostão prematuramente aos 26 anos, decidia que não iria jogar mais futebol. Por que jogou de terno? Um dos símbolos maiores de talvez a maior geração de jogadores nacional. Tostão foi mágico dentro de campo. Não aceitava atuar de forma mediana em uma partida, sempre achava que poderia ser melhor. Quando pequeno com um problema na unha do pé direito, aprendeu a chutar com o pé esquerdo. Depois de crescido e com o problema resolvido, aprendeu novamente a chutar com o direito, se tornando ambidestro. Isso resume Tostão, um jogador em constante evolução que teve sua carreira arrancada de nós muito cedo. 👤 Eduardo Gonçalves de Andrade 👶 25 de janeiro de 1947 (69 anos) 🏠 Brasileiro 👕 América-MG, Cruzeiro, Vasco da Gama e Seleção Brasileira 🏆(Principais): Taça Brasil 66, Campeonato Mineiro 65, 66, 67, 68, 69 (Cruzeiro), Copa do Mundo 70 (Seleção Brasileira) 👑 Bola de Prata Revista Placar 70, Melhor jogador sul-americano do ano eleito pelo jornal "El Mundo" 71, 5º Maior jogador Brasileiro do século XX pela IFFHS 99, 13º Maior jogador Sul-americano do século XX pela IFFHS 99, 58º Maior Jogador do Século XX pelo Grande Júri FIFA 99, Eleito técnicos e ex-jogadores como um dos 10 gênios do futebol brasileiro 70 a 92 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔👔 (9)