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Foi quando o Messias apareceu e salvou o Peixe


Em uma das passagens mais famosas da Bíblia, Jesus ajuda um grupo de pescadores que, até aquele momento, não havia conseguido pescar um peixe sequer. Ele então pede para que os pescadores joguem novamente suas redes no mar. Incrédulos, eles obedecem e quando puxam as redes de volta elas estão lotadas de peixes, fazendo a alegria dos pescadores. Mas o que isso tem a ver com futebol? Peixe, Messias, desconfiança, milagre, alegria. Tudo isso também esteve presente no estádio do Pacaembu no dia 5 de dezembro de 1995, quando Giovanni Silva de Oliveira foi responsável por um dos jogos mais inesquecíveis e improváveis do Campeonato Brasileiro. Antes de fazer história neste dia, vamos voltar um pouco no início da carreira dele, lá em Belém, mas não a de Israel, a do Pará. Em 92 estreava pelo Remo e, emprestado, teve a façanha de vestir os ternos também da Tuna Luso e Paysandu, os três principais times do estado. Foi quando fora emprestado pelo Remo ao Sãocarlense, de São Paulo e logo contratado pelo Santos, em 1995. Vivendo um dos piores momentos de sua história e afundado em dívidas, o Alvinegro Praiano apostou em jogadores desconhecidos. E deu certo, o tímido jogador logo se mostrou um meia-atacante com pouca velocidade mas bons dribles, visão de jogo e passes certeiros. E assim, o Santos surpreendeu no Campeonato Brasileiro daquele ano. Mas nada perto do que viria a acontecer na semifinal. O adversário era o Fluminense, com uma folha salarial quase 3 vezes maior que a do elenco santista. O Tricolor havia ganhado o primeiro jogo em casa por 4x1. A vaga na final estava quase certa. Foi quando o Messias apareceu. Com uma atuação histórica, Giovanni fez 2 gols e deu 3 assistências. No placar final, 5x2 para o Santos e a vaga na final. A partir dali Giovanni se tornava o "Messias do Peixe". E assim como a história de Jesus ficou eternizada no livro sagrado, o "milagre" de Giovanni estará em qualquer livro que conte sobre os maiores jogos do Campeonato Brasileiro (a Placar apontou este como o 11º dos 40 jogos mais emocionantes que a revista acompanhou até 2010, quando completou 40 anos). Depois disso, Giovanni, ganhou seguidores (bem mais que 12) fez fama e foi parar no Barcelona, onde também teve uma passagem de sucesso com muitos gols e parceria com Ronaldo. Chegou à Seleção Brasileira, foi campeão da Copa América em 97 e integrou o elenco que seria vice-campeão do mundo em 98. Aí peregrinou por outros diversos clubes com direito a mais duas passagens pelo Santos, em 2005 e 2010, quando encerrou a carreira. Por que jogava de terno? Um dos maiores ídolos da história do Santos, hoje vive uma vida tranquila em Belém (do Pará!), onde administra seus negócios. Longe da mídia, mas jamais da história, Giovanni será sempre citado em quaisquer conversas de bar de torcedores mais saudosos. A época não foi muito boa para o Santos afinal, o título daquele ano não veio, mas para Giovanni ela foi especial. Foi ali que o mundo conheceu o Messias do futebol. Amém! 👤 Giovanni Silva de Oliveira 👶 4 de fevereiro de 1972 (44 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Remo, Tuna Luso, Paysandu, Sãocarlense, Santos, Barcelona, Olympiakos (TUR), Al-Hilal (ARA), Ethnikos (GRE), Mogi-Mirim, Sport e Seleção Brasileira. 🏆 (principais) Campeonato Espanhol 97/98 e 98/99; Copa do Rei 96/97 e 97/98; Copa da UEFA 96/97 (Barcelona); Campeonato Grego 99/00, 00/01,01/02, 02/03 e 04/05; Copa da Grécia 04/05 (Olympiakos); Copa do Brasil 08 (Sport) e 10 (Santos); Copa América 97 (Seleção Brasileira). 👑 Bola de Ouro e Bola de Prata da Revista Placar 95, melhor jogador estrangeiro do Campeonato Grego 00 e 04, e artilheiro em 04 e time da década do futebol grego 00-10 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔 (7)

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