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Um lendário Leão


Hoje, mais uma vez, o JdT vai falar de um classudo que muitos amam e outros tantos odeiam. Polêmico, agressivo e não faz questão de agradar ninguém. Emerson Leão talvez seja seu inimigo e você nem saiba. Fato é que Leão desfilou com alto estilo pelos tapetes verdes do Brasil. E ele sabia disso: em 69, aos 19 anos, recém contratado pelo Palmeiras, chegou botando banca e pedindo o mesmo salário das principais peças do elenco. E não demorou para Leão mostrar serviço e se fazer merecedor. Assumiu a posição de arqueiro quando Chicão se lesionou e teve a oportunidade de formar uma poderosa defesa no Palestra junto a Eurico, Luis Pereira, Alfredo e Zeca. Precoce também foi sua convocação para aquela copa de 70. Aos 20 anos assumia uma das suplências de Félix naquele esquadrão. Os primeiros anos da década de 70 serviram tanto para firmar o goleiro na seleção como na idolatria dos torcedores palmeirenses. Até 78 foram três estaduais e três brasileiros vestindo o terno do verdão. Em 78 foi pro Vasco, ficou dois anos e, depois, vestiu o terno tricolor gaúcho. No grêmio, mais uma vez, foi campeão brasileiro, em 81. Estava em seu auge em 82 e preparado para ir à copa, quando Telê não o chamou. Para muitos, era o melhor goleiro brasileiro naquele ano. No ano seguinte, foi sugerido pela “democracia corintiana” a assumir a meta do timão. A diretoria acatou, mas sempre foi pública a inimizade de Leão com Casagrande, Wladimir e sobretudo, Sócrates, que a certa altura confirmou: "Eu apoiei a contratação do Leão na época, pois achava um grande goleiro. Mas nunca gostei dele como pessoa". A passagem do goleiro pelo Corinthians ficou marcada pela final do paulista de 83, quando fez uma defesa que ainda está viva na memória do fã de futebol, num espetacular chute de Marcão, do São Paulo. Leão seguiu em alto nível até 86, quando fora a sua última copa. Em 87, ainda jogando, assumiu seu primeiro time como técnico, o Sport Recife, que ganharia aquele polêmico título brasileiro, dado a CBF ao time pernambucano. Como técnico, Leão tem um extenso currículo, cheio de glórias e polêmicas. Dentre as quais se destacam a própria conquista de 87 pelo Sport e a campanha santista de 2002. Em 2005, bate de frente com Tevez e Mascherano, no Corinthians. Foi acumulando polêmicas, já vindas do Palmeiras de 89 com Neto. Anos mais tarde, foi no São Paulo, envolvendo o astro do futsal Falcão: o técnico foi acusado de “queimá-lo” em campo. Também no São Paulo, se envolveu em briga com Juvenal Juvêncio, quando (em 2011/2012) Leão teria recomendado JJ a seguir os passos do Papa Bento XVI e “renunciar seu cargo por causa da idade”. Juvenal respondeu “Leão precisa arrumar um emprego.” Foi o último cargo de peso que assumiu. Por que jogava de terno? Leão é o segundo jogador que mais vestiu o terno do Palmeiras, atrás apenas do “Divino” Ademir da Guia. Foi um goleiro extremamente arrojado, seguro e decisivo. Sua cara fechada sempre lhe impunha respeito. É um dos grandes craques brasileiros debaixo da trave, sem dúvida. Mas inimigo público de muita gente... 👤 Emerson Leão 👶 11 de julho de 1949 (67 anos) 🏠 Brasileiro 👕 (como jogador): São José-SP, Palmeiras, Vasco, Grêmio, Corinthians, Sport e Seleção Brasileira. (Como treinador): Sport, Coritiba, Palmeiras, Portuguesa, São José-SP, XV de Piracicaba, Shimizu S-Pulse-JAP, Juventude, Atlético-PR, Verdy Kawasaki-JAP, Atlético-MG, Santos, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, São Paulo, Vissel Kobe-JAP, São Caetano, Al-Saad-CAT, Goiás e Seleção Brasileira. 🏆 (Principais: Jogador): Campeonato Brasileiro: 69, 72, 73 (Palmeiras), 81 (Grêmio). Como técnico (Principais): Copa Comnebol: 97 (Atlético-MG) e 98 (Santos); Campeonato Brasileiro: 87 (Sport), 02 (Santos). 👑 Bola de Prata da revista Placar: 72 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔 (7,8)

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