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Um baita jogador, diga-se de passagem


Bem, classudos leitores, hoje o buraco é mais embaixo. O JdT não tem a intenção de determinar nada sobre os jogadores que tratamos. A gente fala sobre o cara, fazemos a avaliação, damos a nossa nota no Classômetro, mas quem determina mesmo são vocês. Essa pequena introdução é importante, porque com o classudo de hoje não tem como ficar em cima do muro. Esse jogador ou você ama ou você odeia. Mesmo. Vamos falar os porquês. Afinal, atrás de um comentarista duvidoso, existe um baita de um jogadô, digassi di passagi!! CRAQUE? Falastrão, polêmico e não fica em cima do muro. Muitos dizem que não ganhou nada e que sempre jogou acima do peso. José Ferreira Neto, o Craque Neto, deixou pra trás a carreira de xodó do Timão pra virar um torcedor-comentarista. É o que dizem. Trava polêmicas homéricas, sempre sem papa nas línguas. Ainda como jogador, pelo Palmeiras, arrumou briga com Leão, porque o técnico o colocou pra treinar com outros “gordinhos” do elenco. Neto ficou fulo! Noutro episódio, o também técnico Lazaroni, não o levou pra Copa de 90 porque o “craque” arrumou briga com outros jogadores do elenco. Em 91, ficou suspenso por quatro meses quando deu uma cusparada no árbitro José Aparecido de Oliveira, durante o campeonato Paulista daquele ano, numa partida em que o Corinthians perdia para o Palmeiras. Esse é o jogador que aqueles que odeiam Neto se lembram. CRAQUE! Mas Neto não surgiu do nada. Ele poderia ter sido só mais um jogador, surgido no Guarani de Campinas. Exageros (ou não) à parte, muita gente o chamou de “novo Maradona”. Depois do Guarani, passou pelo Bangu e depois pelo São Paulo. Mas foi a sua volta ao time de Campinas que Neto estourou de vez: é lembrado sempre por um gol antológico de bicicleta sobre o Corinthians no primeiro jogo da final paulista de 88. Mas não foi o único golaço do Classudo. Ele coleciona outros tantos com o terno do Timão, pra onde foi jogar em 89, depois de passar pelo Palmeiras. No Corinthians, caiu na graça da Fiel torcida e não à toa: foi um dos comandantes do alvinegro paulista na campanha campeã de 90. Talvez tudo tenha começado na luta por uma das vagas das quartas de finais contra o Atlético Mineiro. No primeiro jogo, no Pacaembu, o Galo saiu na frente aos 15 minutos do primeiro tempo e até os 30 minutos só dava os Mineiros. Dai aparece Neto, pra empatar e 10 minutos depois virar. No jogo de volta, em Minas, prevaleceu o 0x0 e o Timão seguira pra conquistar a taça jogos mais tarde. Sua não convocação para a Copa de 90, rendeu comoções e manifestações contra Lazaroni de todos os tipos. Além de um esquema tático fora dos padrões do Futebol Canarinho, muitos dizem que a Seleção seria outra com Neto e evitaria o que foi a pior campanha brasileira em copas desde 66. O músico Tom Zé escreveu a música “Neto, craque da Copa” manifestando sua indignação com o veto do craque: “Neto, Desperdício da nossa alegria/Neto, És tu, és tu, rebeldia”. Esse é o Neto de quem o ama, um baita jogador... Por que jogava de terno? Aqui esqueçamos o comentarista! Neto foi um exímio cobrador de falta. Exímio passador de passes longos. De estilo popular, agressivo, polêmico e perfil de liderança não foi difícil conquistar os Corintianos e ser chamado de “Xodó da Fiel”. Sua “barriguinha” sempre foi esquecida em jogos decisivos – os que Neto mais aparecia – e gols marcantes para o futebol nacional como um todo 👤 José Ferreira Neto 👶 9 de setembro de 1966 🏠 Brasileiro 👕 Guarani, Bangu, São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Millionarios-COL, Atlético Mineiro, Santos, Matsubara-PR, Araçatuba, Osan Indaiatuba-SP, Paulista, Despotivo Itália-VEN e Seleção Brasileira. 🏆 (principais) Campeonato Paulista: 87 (São Paulo), 97 (Corinthians); Campeonato Brasileiro: 90 (Corinthians). Medalha de Prata Olimpíadas de Seul de 1988 (Seleção brasileira). 👑 Bola de Prata: 91 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔 (6,4)

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