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Seeeeee doooor feeeee oba! Oba


Terno rubro-negro, terno alvinegro, terno nerazurri e o pesado terno laranja holandês. Todo smoking é mero detalhe pro desfile desse classudo. Respeitado mundo afora por qualquer torcida, seja ela do time em que jogou ou do adversário, aplaudir de pé a classe do cara é pouco. Estamos falando de Clarence Clyde Seedorf. Classe, elegância, respeito: camisa pra dentro do calção, meia sempre levantada e nada de gola polo pra cima. Quem quer respeito se dá ao respeito. Talvez seja de criação, lá de Paramaribo no Suriname, onde nasceu. Junta com a fina estirpe holandesa onde cresceu e o garbo italiano onde se consagrou, Clarence é certamente dos jogadores mais multiculturais do futebol. Fala oito idiomas (fluentes) e da Holanda ao Brasil (passando por Itália e Espanha), ajudou o esporte de alguma forma. Em todos eles, com um futebol de primeiríssima qualidade. No Ajax, seu primeiro time profissional, foi o jogador mais jovem a vestir o terno do clube e ser campeão, em 1992. Sua maturidade mesmo ainda tão novo (16 anos) e qualidade durante a campanha campeã da Copa da Holanda, chamaram atenção do mundo. Ainda seria campão da Liga dos Campeões, na temporada 94/95. Seedorf desfilou (após uma passagem pelo Sampdoria) pelo poderoso Real Madrid, onde pode rechear ainda mais sua lista de títulos: outra Liga dos Campeões e sua segunda Copa Intercontinental. Sempre, claro, tratando bem a bola, respeitando o tapete verde que desfilava. Seu auge foi jogando pelo Milan (depois de duas temporadas pelo Internazionale de Milão): foram 10 anos em plena forma e vários títulos, dentre duas Ligas dos Campeões e um mundial de Clubes. Seedorf virou ídolo dos Milanistas. No final de sua década no Milan, Seedorf já não precisava provar mais nada pra ninguém. Fosse o que mostrou ao mundo durante seus 20 anos de carreira, fosse por seus títulos dos mais importantes do mundo. Aos 36 anos foi anunciado pelo Botafogo no que seria a maior transação do futebol nacional dos últimos anos e, talvez, a maior da história do Glorioso. No dia 06 de julho de 2012 a torcida alvinegra lotou o aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, numa festa há tempos não vista no país. 17.000 pessoas foram ao Engenhão acompanhar sua apresentação. No Botafogo, muitos disseram que o jogador viera encerrar sua carreira. Com isso, se esperava um “ex-jogador em atividade”: Seedorf (que virou Seedão) comeu bola em seus quase dois anos vestindo o terno que já vestira Nilton Santos, Didi, Amarildo e Garrincha. Seu melhor jogo talvez tenha sido contra o Cruzeiro, em 2012: desfilou a encher de lágrima o olho de qualquer fã de futebol, fazendo dois golaços – numa virada dentro do Independência - e já no segundo tempo mostrou uma incrível forma física arrancando da intermediária, deixando pra trás adversários mais novos e lançando a bola do lado oposto para o jovem Jadson marcar o gol. É importante, talvez necessário, falar de uma forma mais extensa da passagem do Holandês pelo Botafogo devido sua postura, liderança e disposição durante o tempo que ficou aqui no Brasil. Clarence é amado até hoje pela torcida do Botafogo e respeitado por qualquer adversário que reconhece o alto nível que Seedorf aplicou, naquele tempo, ao futebol nacional. O meia deixou de jogar no início de 2014 pra treinar o Milan. Por que jogava de terno? Seedorf foi polivalente, herança da incrível escola holandesa. No meio de campo do Milan fez uma trinca incrível com Gattuso e Pirlo. Antes, no Real Madrid, formou a geração “pré-galática” de Zidane e Ronaldo, mas deixou para seus “herdeiros” um time de alto nível como requeria aquele esquadrão. A torcida não esquece o golaço marcado contra o Atlético de Madrid, num chute distante 45 metros do Gol. Na seleção holandesa foi por anos a grande referência. Muitos creditam sua ausência nas copas de 2006 e 2010 a falta de um titulo da seleção holandesa, sobretudo na campanha vice-campeã na África do Sul. Nas ocasiões, preferiu dar espaço aos mais novos. 👤 Clarence Clyde Seedorf 👶 01 de abril de 1976 (40 anos) 🏠 Surinamês / Holandês 👕 Ajax, Sampdoria, Real Madrid, Internazionale, Milan, Botafogo, Seleção Holandesa e Seleção Surinamesa (jogos não oficiais). Como treinador: Milan 🏆 (principais): Campeonato Holandês: 92-93 (Ajax); Campeonato Espanhol: 96/97 (Real Madrid); Campeonato Italiano 03/04, 10/11 (Milan); Liga dos Campeões da Europa: 94/95 (Ajax), 97/98 (Real Madrid) 02/03, 06/07 (Milan), Mundiais interclubes: 95 (Ajax), 98 (Real Madrid) e 07 (Milan). 👑 Bola de Ouro do Campeonato Holandês: 92/93, 93/94; Bola de Ouro do Campeonato Italiano: 03/04; Melhor Meia do Futebol Europeu 07; Bola de Prata do Mundial interclubes 07; Bola de Prata da revista Placar 13. Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔 (8,1)

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