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O polivalente, carismático e completo maestro Júnior


É só ligar a TV na hora do futebol que ele está lá, sorridente e pontual como quem faz das cabines de imprensa um quiosque na areia, comentando os jogos dos times do Rio com a mesma competência outrora arraigada em suas duas pernas dentro de campo. E é ele, o craque ambidestro Leovegildo Lins da Gama Júnior – mundialmente conhecido como Maestro Júnior – quem hoje rege a área da JdT, num tom pra lá de afinado e em total harmonia com a torcida do Flamengo, já que Júnior é o jogador que mais vestiu o terno do Fla em toda a história do clube, contabilizando 865 desfiles de gala no tapete da realeza rubro-negra. Da capital paraibana para as areias do futebol de praia carioca, Júnior foi descoberto por treinadores das categorias de base do Flamengo aos dezenove anos e logo topou fazer o teste no gramado, sem qualquer pretensão de se tornar o “campeão de tudo” pelo time da Gávea na década de 74 a 84, com uma segunda passagem igualmente campeã entre 89 e 93 (e pra lá dos 35 anos!), após um meio tempo de idolatria na Itália. É que essa facilidade de jogar com imensa precisão nas duas pernas, aliada à sua apurada visão de jogo, pensamento ágil e expertise em bolas paradas, de cara fizeram dele ídolo não só do meio de campo e das (duas!) laterais mas, também, das entrelinhas, fosse tentando a carreira de técnico, assumindo o posto de comentarista titular ou, ainda, resgatando e estrelando o futebol de areia no Brasil. Enquanto jogador, Libertadores e Mundial de 81 – além dos quatro Brasileiros e Copa do Brasil – destacam-se na lista de mais de 30 títulos do “Vovó-Garoto” pelo Flamengo. Já pela Seleção Brasileira é quase um pecado admitir que Júnior não teve lá grandes conquistas, embora merecesse como ninguém aquela Copa de 82. Com a amarelinha, restou-lhe a glória de emprestar a voz para o jingle “Voa Canarinho”, sucesso absoluto de público com mais de 800 mil cópias vendidas. E embora seu canto tenha ecoado mais pelo rubro-negro carioca do que com a amarelinha da Seleção, o cargo de maestro continua sendo dele. Qualquer que seja a orquestra, Júnior voa e mostra ao povo que é um rei. Por que jogava de terno? Porque foi parar na lateral-esquerda por improviso, sem saber que se tornaria um dos maiores craques de todos os tempos na posição. E se a perna esquerda dava passes certeiros, realizava cruzamentos perfeitos, cobrava faltas impecáveis e ainda finalizava brilhantemente pro gol, a direita também. Fosse grama ou areia. 👤 Leovegildo Lins da Gama Júnior 👶 29 de junho de 1954 (62 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Flamengo, Torino, Pescara, Seleção Brasileira 🏆 (principais) Mundial de Clubes 81, Copa Libertadores da América 81, Campeonato Brasileiro 80, 82, 83 e 92 e Copa do Brasil 90 (Flamengo) 👑 Prêmio FIFA 100 2004; All-Star Team da Copa 82; Bola de Prata (Placar) 80, 83, 84, 91 e 92; Bola de Ouro (Placar) 92; Craque do Brasileirão 92; Melhor Jogador do Campeonato Italiano 85; 100 Jogadores do Século (World Soccer) 99 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔 (8)

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