Clebão
O personagem de hoje é mais um da década de 90. Mas, desta vez, não é um artilheiro, ao contrário. Cléber Américo da Conceição foi responsável por impedir muitos dos gols desses artilheiros. Mais conhecido como "Clebão" por seu porte físico avantajado, não possuía muita velocidade, mas compensava com um bom posicionamento, marcação apertada, raça e determinação em campo, mas sem ser desleal. Ah, e também jogava de cara fechada. Enfim, possuía todas as características de um legítimo zagueiro. Ao menos dos anos 90... Quando a gente fala do Clebão muita gente se lembra dele com o terno do Palmeiras. Não é pra menos, foi lá que ele teve a melhor fase da carreira. Mas o que muita gente não lembra é que o primeiro clube profissional dele foi o Atlético-MG, em 1989, onde anos mais tarde seria até convocado para a Seleção Brasileira. Ele só chegou na Academia em 93, depois de uma aventura de dois anos no Logronés, da Espanha. Até então ele ainda era pouco conhecido no futebol, ainda mais depois de jogar em um time tão inexpressivo do Velho Continente. Mas quando assinou o contrato para jogar no Palmeiras, mal sabia ele que viria a fazer parte de uma das maiores esquadras do futebol brasileiro. Era a "Era Parmalat"- nome dado ao patrocinador da época, principal responsável pelas contratações do time e que anos mais tarde viria à falência. Com a camisa do Verdão ele conquistou quase tudo ao lado de craques como Edmundo, Rivaldo, Djalminha e Roberto Carlos, só pra citar alguns. Na zaga fez duplas bem-sucedidas com Antônio Carlos, o Zago e Roque Júnior. Ficou no Palestra até 99, ano da inédita conquista da Libertadores. Clébão era a partir daí, um dos zagueiros mais respeitados do futebol brasileiro. Trocou o Palestra Itália de São Paulo pelo de Minas gerais (antigo nome do Cruzeiro) e foi campeão da Copa do Brasil, aos 31 anos. Pórém, o peso da idade (e o próprio peso) já não podiam mais suportar o futebol em alto nível. Sem conseguir repetir o brilho dos tempos de Palmeiras, rodou por alguns clubes até se aposentar no São Caetano, em 2006. Depois de pendurar as chuteiras voltou para a terra do pão de queijo para começar sua carreira como treinador. Seu último trabalho foi em 2013, pelo Poços de Caldas Futebol Clube. Por que jogava de terno? Quando se diz que um zagueiro é respeitado, sobretudo pelos adversários, é um bom sinal. Zagueiro que impõe respeito não costuma deixar o atacante passar por ele facilmente. Faça um paralelo com o nosso futebol atual e tente se lembrar de um nome da nossa safra que tenha esse status. O Palmeiras conquistou praticamente tudo nos anos 90 e de nada adiantariam Edmundo e Evair marcarem muitos gols se não houvesse uma zaga eficiente para evitar os gols dos adversários. Não foi apenas pelo respeito que ele fez 372 jogos e 21 gols com a camisa alviverde. Por toda a sua carreira já encomendamos um terno GG para o Clebão. 👤 Cléber Américo da Conceição 👶 26 de julho de 1969 (46 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Atlético-MG, Logronés (ESP), Palmeiras, Cruzeiro, Santos, Yverdon (SUI), Figueirense, São Caetano e Seleção Brasileira 🏆 (principais) Campeonato Brasileiro 93 e 94, Copa do Brasil e Copa Mercosul 98 e Copa Libertadores da América 99 (Palmeiras); Copa do Brasil 00 (Cruzeiro) 👑 Bola de Prata da Revista Placar 94 Classômetro: 👔👔👔👔👔(5)