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A bomba de Vespasiano

Em busca de nomes que desfilaram de terno pelos gramados brasileiros, uma rápida olhada na esquadra brasileira da copa de 82 resolve a equação. Hoje o JdT homenageia Éder Aleixo, “O Canhão”, um dos grandes destaques de uma geração que deixa saudades. Éder foi revelado pelo Coelho. Aos 16 anos já era titular e começava a se destacar nos gramados mineiros. As atuações incisivas do ponta esquerda chamaram a atenção do mestre Telê Santana que na época comandava o Grêmio, e pediu a contratação do, então, garoto. Com a camisa do tricolor gaúcho se consolidou entre os profissionais, fazendo parte do time responsável por desbancar, regionalmente, a hegemonia instaurada pelo Internacional de Falcão. Atleticano descarado, em 79 se transferiu para o alvinegro mineiro, por lá atingiu seu auge e alçou voos surpreendentes. Em uma geração que possuía nomes como Reinaldo, Cerezo, Luizinho e João leite, Éder conseguiu ser um dos protagonistas, e logo conquistou a torcida alvinegra com os seus potentes petardos de canhota. Chegou a ser colocado acima de Reinaldo e Cerezo pela massa. Telê, aquele que bancou a contratação do jovem mineiro na época do grêmio, tornou o mesmo uma peça importante de uma geração imponente da seleção brasileira. A bomba de Vespasiano é o jogador com maior número de convocações dentre os componentes da equipe de 82. Na fatídica copa da Espanha, apesar do fracasso contra a Itália, o Canhão teve destaque. Será sempre lembrado pelo seu belíssimo gol contra a União Soviética, gol este que o rendeu novo apelido: Exocet, um míssil que fora utilizado nas Guerras Malvinas. “Exocet” possuía um defeito de tamanho comparável ao de sua habilidade. Era temperamental. Isso o marcou durante a carreira tanto quanto a potência de sua perna esquerda, acumulou expulsões e polêmicas, dentro e fora de campo. No ano de 86 em um jogo contra o Peru, o mineiro perdeu a cabeça e agrediu o lateral peruano Castro, foi cortado da esquadra que disputaria a copa no mesmo ano no México, esse fato culminou também no desencorajamento de muitos clubes europeus de adquirir o jogador. Éder rodou por vários clubes após sua saída do galo em 85, com relativo sucesso em alguns e fracassos em outros. Sua terceira passagem pelo atlético mineiro se deu após O Canhão ficar parado cerca de 2 anos devido a uma descrença quase que total de que Éder conseguiria manter a cabeça fria. Encerrou a carreira em 97 no modesto Montes Claros. Por que jogava de terno? Versátil, o ponta esquerda chegou a atuar de lateral esquerdo em algumas ocasiões. Era também um especialista em bolas paradas, durante sua carreira acumulou gols de falta, pênalti e até mesmo de escanteio. Sua potente perna esquerda gerava tremeliques nos goleiros. É até hoje considerado um dos maiores pontas esquerda da história do futebol. 👤 Éder Aleixo de Assis 👶 25 de maio de 1957 (58 anos) 🏠 Brasileiro 👕 América Mineiro, Grêmio, Atlético Mineiro, Inter de Limeira, Palmeiras, Santos, Sport, Botafogo, Atletico Paranaense, Cerro Porteño (PAR), Malatyaspor (TUR), Fenerbahçe (TUR), União São João, Conquista, Cruzeiro, Gama e Guará, Montes Claros, Seleção Brasileira. 🏆 (principais) Copa do Brasil 1993 (Cruzeiro) 👑 Bola de Prata do Campeonato brasileiro de 1983 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔 (7,6)

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