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Álvaro Recoba: El chino matador


Apelidado de “El Chino” devido aos olhos puxados, Álvaro Recoba nada tem a ver com o futebol do oriente. Muito pelo contrário: é um dos maiores representantes da pelota uruguaia e também ídolo da Inter de Milão, chegando inclusive a ser pego duas vezes com falso passaporte italiano. Curiosidades e trambiques à parte, o menino Recoba nasceu em bairro humilde da periferia de Montevidéu e aos dezesseis anos passou no teste para jogar no Danubio. Aprovado de imediato, ele fez jus à responsa e marcou 32 gols em 31 partidas pelo clube uruguaio entre 92 e 93. Com essa média classuda, não foi difícil chamar atenção de um dos principais clubes do país: o Nacional. Vestindo o terno do Rey de Copas e com a juventude à flor da pele, o canhoto Recoba também não poupou fôlego para repetir a média artilheira de pelo menos um tento por partida: estufou as redes 30 vezes em 27 jogos, com direito a gol olímpico, gol de trás do meio-campo e gol de placa à la Maradona. Sem falar nas exponenciais cobranças de falta. Por isso aos dezenove anos já estava na Seleção Uruguaia, naquele elenco campeão da Copa América de 95, que venceu o Brasil em uma emocionante final nos pênaltis. Em 1997, veio o ponto máximo – Recoba chegou à Internazionale para dividir os holofotes da première com outro estreante da mais alta classe: Ronaldo Fenômeno. Como já era de se esperar, comeu banco naquela partida contra o Brescia. Mas o que ninguém imaginava é que, faltando quinze minutos para acabar o jogo, ele entraria em campo e, em seus dois primeiros chutes de perigo, marcaria os golaços da virada da Inter – um em cada ângulo do goleiro adversário – ofuscando a estreia do Fenômeno e reacendendo o canto da torcida no estádio Giuseppe Meazza. Foram dez anos pra lá de produtivos na Internazionale, dentre 1997 e 2008. Nesse meio tempo – e numa equipe que já tinha na linha de frente não só Ronaldo, mas também Zamorano, Baggio e Vieri – Recoba foi emprestado ao Venezia e tornou-se peça fundamental para livrar a equipe do rebaixamento naquele ano, retornando à Inter logo depois. A extensa temporada no clube de Milão talvez careça até de mais reconhecimento. Acontece que, devido a um período de constantes lesões e birras do técnico, o jogador ficou várias vezes de fora de partidas decisivas, quando companheiros e torcida contavam com ele. Em 2007, Recoba faria no Torino a única temporada discreta de sua carreira, marcando apenas três gols em 24 partidas. E passaria ainda pelo Panionios, da Grécia, onde obviamente ostentou o terno de craque absoluto. “El Chino” retornou às origens nos anos derradeiros de sua carreira, jogando novamente pelo Danubio (2009-2011) e Nacional (2011-2015). Recentemente, dependurou de vez as chuteiras, mas não sem antes marcar aquela pelada de despedida com os amigos Riquelme, Valderrama, Verón, Zanetti, Zamorano e vários outros classudos do tapete verde. Por que jogava de terno? Nos quatro anos em que jogou no Uruguai, Recoba sempre teve média superior a um gol por partida. Na alta temporada pela Inter, chegou a ser o jogador mais bem pago do mundo, com um salário anual de pouco mais de 7,5 milhões de dólares. Extremamente técnico, dominava a bola com categoria ímpar e se adaptava a várias posições em campo. 🚹 Álvaro Alexander Recoba Rivero 👶 17 de março de 1976 (40 anos) 🏠 Uruguaio 👕 Danubio, Nacional, Internazionale, Veneza, Torino, Panionios, Seleção Uruguaia 🏆 Copa da UEFA 97/98, Copa da Itália 04/05 e 05/06, Campeonato Italiano 05/06 e 06/07 (Internazionale); Campeonato Uruguaio 11/12 e 14/15 (Nacional) 👑 Melhor jogador do Campeonato Uruguaio 11/12; Melhor volante de criação do Campeonato Uruguaio 11/12 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔 (6,9)

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